Governador Caiado faz suscinto balanço da gestão e fala de ações no Detran, Ipasgo, Codego e na saúde
O governador Ronaldo Caiado fez detalhado balanço do trabalho que vem realizando nos primeiros 200 dias do seu governo para resgatar a área de Saúde em Goiás, constatando que a recebeu com mais de R$ 750 milhões em dívidas com Organizações Sociais, fornecedores e prestadores de serviço, além de mais de R$ 100 milhões que são necessários para a conclusão de hospitais que estão com as obras paradas. Ele apresentou esse balanço durante entrevista de uma hora a jornalistas que participaram do programa Fala Goiás em Rede, das Rádio Brasil Central AM e RBC FM, na sexta-feira (20).
O programa foi comandado por Daniel de Paula e Delesmano Alves. Ao jornalista João Carvalho, do Diário do Norte, que perguntou sobre o setor agropecuário, Caiado disse que, para começar, na estrutura do governo não havia uma secretaria para cuidar da área, e que ele a criou.
Para ele, o agronegócio sustenta a economia do Estado e que trabalha para repor uma dívida enorme com o setor, colocando um secretário qualificado, trabalhando para que o agricultor tenha renda, para melhorar a logística e que os produtos cheguem mais facilmente aos mercados.
Ao jornalista Augusto César, da RBC, ele respondeu sobre a área da Saúde, observando que as dívidas com a Saúde ultrapassam os R$ 750 milhões, “as OS sem receber, fornecedores sem receber, prestadores de serviço sem receber, esse é o buraco na saúde”, que, segundo ele, deixou uma dívida de 13 meses sem repasse do dinheiro do setor para os
municípios, e os prefeitos ficaram calados. Além disso, Caiado citou que as obras eram “pré-eleitoreiras, iniciavam antes da eleição e paravam depois”. Relacionou, como exemplo, o hospital de Uruaçu, que ainda precisa de R$ 64 milhões para a sua conclusão, o de Águas Lindas, também carecendo de R$ 24 milhões para ser concluído, o Materno Infantil e também o Hospital do Servidor, que ainda faltam 20% para concluir a obra. Falou sobre os diversos convênios que o Governo do Estado está realizando nos municípios, como com a Santa Casa de Anápolis, de R$ 600 mil, R$ 800 mil com Catalão, e com a Fundação Padre Tiago, em Jataí, que trata doentes com câncer.
Ao jornalista Lheningher Mota, da Gazeta do Estado, que perguntou sobre as realizações do seu governo no Detran, o governador disse que essa deve ter sido a área em que o goiano mais sentiu sua gestão. Observou que tirou o pardalzinho, que ficava escondido, “a armadilha que havia montada”, extinguiu a taxa de cartório para veículo financiado, que era de R$ 182,00, diminuiu o que se pagava pela vistoria, de R$ 175,00 para 108,00, fez críticas ao TCE, no que denominou de “incoerência do TCE”, que deu uma decisão contrária a isso, mas disse que está recorrendo e acha que terá sucesso, diminuiu a taxa da placa do carro, que era de R$ 190,00 para R$ 120,00, e de motos, que era de R$ 150,00 para R$ 52,00, além de ter iniciado uma cruzada contra a placa do Mercosul, que aumenta custo, e de fazer opcional o uso do simulador.
devolvendo ao cidadão
“Só de revisão de contratos, com a equipe de compliance, nós já cortamos mais de R$ 46 milhões aos que ofereciam serviços lá no Detran. A previsão nossa é que nós devolvemos ao bolso do goiano, de R$ 136 milhões a R$ 142 milhões por ano. O que o cidadão gastava para poder ter um carro vistoriado, emplacado, certificado para poder transitar pelas rodovias de Goiás”, observou Caiado, acrescentando que ainda há a CNH Social a custo zero para pessoas carentes e da área rural, o que demandará R$ 11 milhões ao Detran.
Sobre a aplicação do compliance, respondendo a uma pergunta da jornalista Denise Parreira, da TBC, o governador Ronaldo Caiado disse ainda que houve “resultados gratificantes” e citou o exemplo do Ipasgo, onde o compliance identificou 100 mil pessoas tendo benefícios indevidos, uma delas fez 2 mil exames de hemograma em um único dia. Na Codego, assegurou, “houve o desmantelamento de uma máfia que existia lá”, e no Detran houve prisões de uma máfia que alterava placas.