O delegado da Polícia Civil, Dr. Vicente Gravina, de Trindade, vai ouvir ainda nesta semana a mãe, a tia-avó e o pai do menino gravado em vídeo comendo ração de cachorro. Seriam as mulheres quem gravaram as imagens e as compartilharam em grupos da família no WhatsApp.
Conforme o delegado a avó paterna, que foi quem denunciou a situação, já prestou depoimento. “Ela contou que a tia-avó da criança a filmou naquelas condições e divulgou no grupo da família. Ela ficou indignada com o que aconteceu”, disse. Ainda não se sabe quando o vídeo foi feito.
De acordo com Vicente, as investigadas podem responder por constrangimento de crianças e adolescentes, com penas entre seis meses e dois anos de prisão. Até o momento ninguém foi preso, já que não houve flagrante.
Na gravação, as duas mulheres pedem para um cachorro que se afaste. Elas riem enquanto chamam o menino pelo nome do animal. Segundo a avó paterna relatou à polícia, o garoto tem paralisia nas pernas e sofre de insuficiência múltipla.
Em nota enviada à imprensa, Márcia Gabrielle Sampaio Carvalho, advogada da mãe e da tia-avó do menino, disse que a gravação das imagens foi feita sem “qualquer intenção pejorativa ou maldosa” e salientou que a criança “é muito amada e cuidada por todos que a cercam”. A defensora declarou que a denúncia foi feita por “crueldade e irresponsabilidade” da avó paterna, que teria distorcido os fatos de forma negativa.
Márcia reforçou que a família está abalada pela repercussão do caso e que a mãe e a tia-avó do menino não devem se pronunciar. De acordo com ela, o pai do menino também repudia a denúncia feita pela avó.
Fonte: Jornal do Vale