Professores da rede municipal de ensino decidiram nesta quinta-feira (18) em assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino – Sinpma – que vão acatar a oferta anunciada pelo prefeito Roberto Naves (PTB) na última terça-feira (16) que prevê o repasse, ao invés dos 6,81 % anunciados pelo Ministério da Educação, de 2,95% ao salário dos professores em janeiro.
Entretanto, a aceitação ficou condicionada desde que no mês de abril seja feita a recomposição dos 3,86%, bem como seja discutida o pagamento retroativo da diferença, conforme sugeriu o prefeito, afirmou a presidente do Sinpma, Márcia Abdala. “Vamos definir, agora, de que forma podemos deixar essa condição amarrada e não só na conversa. Se possível, no texto da lei que será enviada à Câmara”, afirmou.
Discussão vai além do repasse, declara professora
A professora Andreia Borges foi uma das participantes da assembleia e manifestou a sua contrariedade em ter, segundo ela, discutir uma obrigação. “Sou contra essa oferta”, disse ela que foi voto vencido. Para Borges, a discussão vai além do repasse da data base dos professores. “A discussão vai além do repasse. Temos que discutir a questão das progressões”, ressaltou.
A professora está há dois anos à espera da progressão vertical, que é conferida aos profissionais que obtém especializações. “Nós, professores, temos um compromisso com a formação acadêmica e formações posteriores e a partir disso, nós precisamos ser reconhecidas financeiramente”, reclamou.
Sobre essa demanda, a presidente do Sindicato disse que só no último mês que o prefeito autorizou 27 progressões verticais que correspondem às vacâncias, mas que outros 90 professores esperam pela promoção. “No momento não há nenhuma expectativa. Vamos brigar pelo aumento do quantitativo de vagas”, afirmou Abdala.
Fonte: A Voz de Anápolis