Mãe e “madrasta” da menina de 6 anos confessaram as agressões que levaram à morte da criança
Mais um caso de extrema violência contra uma criança deixa a sociedade carioca em profunda tristeza. A autoria desta brutalidade é de duas mulheres lésbicas, uma mãe e outra, a madrasta da criança. Morreu, na madrugada deste sábado, a menina de 6 anos que foi agredida pela mãe e pela madrasta em Porto Real, no Sul Fluminense.
Ela estava internada com marcas de espancamento desde terça-feira, mas teve uma parada cardiorrespiratória. As duas mulheres foram presas em flagrante. As agressões começaram no dia 16 deste mês e só terminaram dia 19, quando a menina já não apresentava nenhuma reação respiratória e aí foi levada para atendimento médico. As duas mulheres confessaram o crime na delegacia de Porto Real.
A mãe da menina e a companheira dela foram presas e irão responder por tortura e assassinato. A sogra dela também prestou depoimento e foi autuada por omissão de socorro. Ela, que vai responder em liberdade, alega que foi ameaçada pela filha caso tentasse fazer algo para socorrer a criança.
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“Escutei ela pegar a menina, batendo na parede, batendo a cabeça da criança na parede, fazendo um barulhão. Eu não podia fazer nada, porque, se eu fizesse, minha filha já tinha avisado: ‘se a senhora sair daqui pra chamar o vizinho pra socorrer, eu vou matar a senhora’. Eu pensei e agora, como eu vou fazer? […] Ela pegou meu celular”.
“Minha filha já tinha bebido bastante álcool e falou [à companheira] assim: ‘se você não bater nela [a criança], eu vou bater’. Na hora que eu levantei pra falar ‘não’, minha filha falou: ‘não se mete’. Aí voltei pra trás. Ela pegou a menina e levou pra lá [pra fora da casa]. Aí jogou a menina lá no buraco, de uns sete metros. A mãe dela [criança] tentou segurar ela e caíram as duas. [Depois disso] Ela bateu, bateu e bateu na menina, aí trouxe a menina pra dentro [de casa]”, relatou a sogra.
Segundo a Polícia Civil, as agressões começaram na última sexta-feira (16) e seguiram até a madrugada de segunda (19), quando a criança “ficou agonizando até amanhecer” e a mãe resolveu chamar o Samu.
Ainda de acordo com a polícia, nesse período, a menina não foi devidamente alimentada, recebeu socos, empurrões, pisões, pontapés e sofreu lesões provocadas por um fio de TV, que foi usado como chicote. O fio foi apreendido como instrumento do crime.
Além de passar por tudo isso, ela foi jogada de uma altura de sete metros em um matagal.