segunda-feira - 20 - maio - 2024

Política: Aliança DEM – MDB – PSD tem grande probabilidades de acontecer

Ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles quer ser candidato aliado do governador Ronaldo Caiado

Eleito no primeiro turno em 2018 com 59,73% dos votos válidos, o governador Ronaldo Caiado (DEM) poderá obter uma votação histórica na reeleição em 2022, muito acima daquela recebida há pouco mais de dois anos. Essa possibilidade seria em caso de eventual consolidação de aliança formada por DEM, MDB e PSD.

Numa análise em que se levem em conta os projetos considerados prioritários no ano que vem por Caiado, Daniel Vilela, atual presidente estadual do MDB, e do secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, agora filiado no PSD, de concorrer ao Senado. O próprio Meirelles confirmou sua pretensão, bem como a intenção de concorrer em aliança com Caiado, conforme declarou em entrevista ao jornal O Popular desta terça-feira (16).

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Segundo Meirelles, a aliança do PSD com o democrata já foi acertada com o presidente nacional do seu partido, Gilberto Kassab e do estadual, Vilmar Rocha, além do senador Vanderlan Cardoso.

Em relação a Caiado, naturalmente que seu projeto prioritário no campo eleitoral em 2022 é a reeleição. No MDB, a prioridade maior do partido é a eleição de Daniel Vilela ao Governo do Estado. Mas, uma candidatura à vice de Caiado pode representar o caminho mais curto para ele chegar ao seu principal projeto, que é se eleger governador do Estado. Com Henrique Meirelles como candidato a senador na chapa, a probabilidade de vitoriosa da chapa é considerada ainda maior. Este mesmo caminho foi seguido pelo ex-prefeito Maguito Vilela, pai de Daniel. Maguito foi vice na chapa no segundo governo de Iris Rezende (PMDB), em 1990.

Não custa lembrar também que para a eleição de 2026, todas as posições estão em aberto a começar pela de governador, quando Caiado estará encerrando o seu segundo mandato consecutivo no Executivo. Assim, ele não poderá ser novamente candidato a governador. Em 2026 o democrata certamente disputará uma vaga para o Senado (serão duas em disputa).

Para isso, ele terá que se desincompatibilizar seis meses antes da eleição, ou seja, na primeira semana de abril, abrindo assim espaço para a assunção do vice, não apenas concluir o mandato do titular, mas podendo disputar o governo já no exercício do cargo.

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E como já mencionado acima, a principal prioridade do PSD em 2022 será a eleição de Meirelles para o Senado.

É fácil a consolidação desta aliança? Por todos os motivos expostos no parágrafo anterior, a aliança DEM – MDB – PSD possui todos os ingredientes necessários para ser consolidada. É claro que ajustes terão que ser feitos, como por exemplo, a divisão de espaço e compromissos de apoio a determinados partidos no futuro governo, em caso de vitória da chapa, e até mesmo para a eleição municipal seguinte em grandes cidades.

Há que se ressalvar, no entanto, que a construção desta aliança na forma exposta neste texto pode até não acontecer. Em política não existe projeto pronto e definido com muita antecedência. Falta ainda um ano e meio para o encerramento do prazo para as definições de candidaturas nas convenções partidárias. Mas que existe probabilidade de ser concluída, existe.

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