O cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, de 40 anos, foi sequestrado em casa, levado no próprio carro e morto a tiros. Foto: Divulgação
A mulher do dono de um cartório foi indiciada por mandar matar o marido para ficar com bens do casal e dinheiro de um seguro de vida, em Rubiataba. Outras seis pessoas também foram responsabilizadas por suspeita de envolvimento no crime, entre elas, a irmã e a amante da mulher.
O cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, de 40 anos, foi sequestrado em casa, levado no próprio carro e morto a tiros, no dia 28 de dezembro de 2020. As investigações foram concluídas na última sexta-feira (7) e, de acordo com o delegado Marcos Adorno, ao todo, sete pessoas foram indiciadas.
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Como os nomes dos indiciados não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles para que se posicionassem até a última atualização desta matéria.
Caminhonete de Luiz Fernando Chaves, dono de cartório, foi localizada em Rubiataba, Goiás — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Dos indiciados, seis pessoas estão presas: a esposa do Luiz Fernando, que teria encomendado o crime para ficar com o seguro de vida, a irmã e amante dela, dois homens apontados como executores e um terceiro que teria fornecido a arma para o crime.
Dois deles foram presos um dia após o crime. Segundo a investigação, uma viatura da Polícia Militar avistou os criminosos dirigindo o carro da vítima próximo a Carmo do Rio Verde.
Houve perseguição e eles foram detidos. De acordo com as investigações, há uma sétima pessoa sendo procurada: Luzimar Francisco Neves – suspeito de ter contratado os executores do crime.
A reportagem questionou a Polícia Civil por quais crimes cada um dos indiciados deve responder, mas foi informada que o caso está em segredo de Justiça e que, por isso, essas informações não podem ser repassadas.
Suspeito de contratar executores de dono de cartório em Rubiataba é procurado pela polícia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Crime planejado
O cartorário foi morto a tiros. Segundo as investigações, os executores tinham os controles dos portões da casa da vítima e chegaram a pé ao local. A esposa havia saído com os filhos do casal – gêmeos de 3 anos e um menino de 5 – para a igreja.
“A vítima estava estudando para um concurso. Os vizinhos o ouviram falando que não chamaria a polícia, mas que o preservasse por ser pai de três crianças. A mãe nunca ia à igreja e, justo naquele dia, inventou essa história para ter cobertura”, disse o delegado responsável pelas investigações, Marcos Adorno.
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Também de acordo ele, os dois executores amarraram as mãos de Luiz Fernando com um enforca-gato e o amordaçaram com um pano.
Marcos disse que os vestígios apontam que um dos homens dirigiu a caminhonete do próprio cartorário para o local na zona rural onde o corpo foi encontrado, enquanto o outro foi responsável por matar a vítima a tiros.
A caminhonete e a arma foram encontradas e apreendidas. Segundo o delegado, na combinação entre os autores, o motorista receberia R$ 1 mil como pagamento e R$ 300 para combustível, enquanto o atirador ficaria com a caminhonete roubada durante o crime e mais R$ 5 mil.
Fonte: Portal jornal Populacional