A Petrobras anunciou que a partir desta terça-feira (5), o valor do gás de cozinha de 13 quilos será reajustado entre 0,5 e 1,4%, nas refinarias do país. Os distribuidores que pagavam R$ 25, 07, agora terão de pagar R$25, 33. De acordo com a estatal, a desvalorização do real frente ao dólar foi o principal fator para a alta.
O preço do gás nas refinarias corresponde a 37% do valor final pago pelo consumidor. O cliente também paga pelo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (IMCS), cobrado pelos estados, além da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, cobrados pela União.
Para o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás do Centro Oeste (Sinergas), Zenildo Dias, a expectativa é a de que o valor do botijão tenha aumento de apenas R$ 1 para o consumidor. No entanto, ele prevê prejuízo para os distribuidores. “Vamos fazer o reajuste para o cliente, mas, por questões lógicas, haverá reclamação e provavelmente iremos voltar para o preço antigo para não perdermos vendas. Apesar de ser somente R$ 0, 26 de aumento nas refinarias, o gás chega mais caro aos revendedores por conta de outros impostos”, afirmou.
Distribuidores
De acordo com Leandro Lopes de Camargo, dono de uma revendedora de gás na Vila Mutirão, região Noroeste de Goiânia, o consumidor não deve sentir imediatamente o aumento do produto. “É um acréscimo baixo que não repassarei ao cliente, mas isto com certeza vai impactar em meu lucro”, conta. Ele ainda não calculou e não soube informar a possível média de prejuízo à reportagem.
O distribuidor também criticou a forma como o reajuste foi feito, sem aviso prévio. “Quando há o aumento geralmente fazemos estoque com o valor antigo, mas desta vez não foi possível porque fomos pegos de surpresa”, diz.
Segundo levantamento realizado na última semana pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio cobrado em Goiânia é de R$ 75, 06.
Outros reajustes
Esta é a quarta alta consecutiva desde abril de 2018, quando o valor cobrado era de R$ 22, 13. Em setembro e novembro do mesmo ano, foram registrados aumentos de 5% e 8,5%, respectivamente, chegando em fevereiro de 2019 com o valor de R$ 25,33.