segunda-feira - 16 - junho - 2025

Operação Último Drink: PC prende quadrilha suspeita de sonegar R$ 100 milhões de impostos em Goiás

PC prende quadrilha suspeita de sonegar R$ 100 milhões de impostos em Goiás

Grupo sonegava impostos e são suspeitos de usar esquemas de fachada para ação Foto: Divulgação PC

Grupo de empresários goianos usavam distribuidoras de bebidas como fachada para vender notas fiscais para outras empresas do ramo e tentar legalizar o comércio fraudulento de bebidas alcoólicas roubadas. Operação é a maior já realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra Ordem Tributária (DOT)

Um grupo de empresários foi preso na manhã desta terça-feira, 23/02, em Goiânia, suspeito de usar 9 empresas como fachada para emitir notas fiscais fraudulentas para o comércio de bebidas na capital.

Os levantamentos apontaram que as empresas eram lideradas por 12 empresários e contadores, que, segundo a Polícia Civil, são investigados por criarem 09 empresas de distribuidoras de bebidas como fachada e simulação, mas na verdade obtinham lucro vendendo diversas notas fiscais para outras empresas do ramo para legalizar o comércio fraudulento de bebidas alcoólicas roubadas, por exemplo.

Ainda de acordo com a PC, as empresas cobravam 5% do valor de cada nota emitida, sendo que parte desse percentual era direcionado para simular a movimentação financeira dessas empresas “noteiras”. O crescimento foi tamanho que os suspeitos começaram a abrir outras empresas, todas em nome de laranjas, que também simulavam o comércio de bebidas.

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Investigações mostraram ainda que a associação se expandiu de forma que pessoas que possuíam funções simples, como faxineiro, em pouco mais de um ano, viraram grandes empresários donos de pessoas jurídicas com enorme movimentação financeira.

Além disso, grande parte das notas fiscais que as empresas suspeitas de participarem da associação criminosas emitiam tinham como destinatárias pessoas jurídicas fantasmas de outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná. Segundo a polícia, oito das nove empresas investigadas utilizavam o mesmo protocolo IP para emissão de suas notas fiscais eletrônicas, o que demonstra que existia apenas um escritório.

Ainda segundo investigação, a quadrilha teria desfalcado os cofres públicos goianos em mais de R$ 100 milhões e grande parte das empresas possuem movimentação comercial incompatível com a própria estrutura que possuem. Isso porque estariam cadastradas como varejistas, porém, a maior parte do comércio de bebidas delas era destinada para fora do Estado.

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Os escritórios de contabilidade e contadores envolvidos no esquema seriam utilizados para realizar a contabilidade paralela dessas empresas e dar um ar de legalidade às operações fraudulentas.

A operação foi batizada como “Último Drink” e cumpriu também 20 mandatos de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de R$ 40 mil em espécie, computadores, celulares, notas fiscais, documentos. Além disso, também foram encontradas quatro armas de fogo e munições.

O grupo responderá pelos crimes de associação criminosa, crimes contra a ordem tributária e falsificações diversas. Três pessoas também responderão por posse ilegal de arma de fogo. Segundo a PC, esta é a maior operação já realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra Ordem Tributária (DOT).

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