Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Foto: BBC
ensen Huang, CEO da Nvidia, mostra o novo chip Blackwell em março
A Inteligência Artificial (IA) está transformando o mundo, mas seu apetite insaciável por energia está gerando preocupações sobre seu impacto ambiental. A demanda crescente por processamento em data centers, impulsionada pela IA generativa, está colocando em xeque a sustentabilidade do setor tecnológico.
A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o consumo de eletricidade dos data centers duplicará entre 2022 e 2026, atingindo o equivalente ao consumo do Japão, um país com 125 milhões de habitantes.
Essa realidade já causa tensões em países como a Irlanda, que enfrenta uma moratória na construção de novos data centers, e leva outros governos a reavaliar os incentivos fiscais oferecidos ao setor. Nos EUA, a corrida por data centers compete com o crescimento da indústria, aumentando a pressão sobre as redes elétricas.
Mas por que a IA consome tanta energia? Um estudo da Hugging Face, publicado na conferência ACM FAccT ’24, revelou que a IA generativa, como o ChatGPT,pode consumir até 33 vezes mais energia do que sistemas de IA tradicionais.
Isso ocorre porque a IA generativa cria conteúdo do zero, processando grandes volumes de dados para gerar textos, imagens e outras mídias.
Diante desse cenário, a indústria busca soluções para tornar a IA mais sustentável. Investir em chips de alto desempenho e maior eficiência energética, como os Grace Blackwell da Nvidia, é uma das apostas.
Outras iniciativas promissoras incluem a reutilização do calor residual dos data centers para aquecer edifícios e a construção de instalações com geração de energia própria, como a energia solar.
A própria Google, gigante da tecnologia e pioneira em IA, está sentindo os efeitos desse dilema energético. Suas emissões de carbono aumentaram 48% nos últimos cinco anos, impulsionadas principalmente pelo crescimento dos seus data centers. A empresa reconhece os desafios de atingir a neutralidade de carbono até 2030 e aponta a IA como um fator de incerteza nesse caminho.
A IA tem o potencial de trazer inúmeros benefícios para a sociedade, mas é preciso encontrar soluções para mitigar seu impacto ambiental e garantir um futuro sustentável. A colaboração entre empresas, governos e pesquisadores é essencial para superar esse desafio e criar uma IA verdadeiramente sustentável.
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