Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirma que o objetivo das atividades nucleares do país é ‘resolver os problemas da população e as questões civis’

Irã afirma que reconstruirá ‘com maior capacidade’ suas instalações nucleares destruídas pelos bombardeios de Estados Unidos e Israel
O Irã afirmou neste domingo (2) que reconstruirá “com maior capacidade” suas instalações nucleares destruídas pelos bombardeios de Estados Unidos e Israel na guerra de 12 dias em junho, mas novamente garantiu que não busca obter armas atômicas. “A ciência reside na mente de nossos cientistas e não haverá nenhum problema com a destruição de edifícios e fábricas. Vamos reconstruir com maior capacidade”, afirmou o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, em uma reunião com executivos da indústria nuclear do país, segundo informou a agência de notícias IRNA.
Pezeshkian reiterou que Teerã não busca fabricar bombas atômicas, com base na fatwa (decreto religioso) do líder supremo do país, Ali Khamenei, que em 2003 declarou “haram” (proibido) as armas nucleares. Desde então, o Irã tem assegurado que seu programa nuclear tem fins exclusivamente civis. “Nossas atividades nucleares têm como objetivo resolver os problemas da população e as questões civis”, enfatizou o presidente iraniano, rejeitando as acusações dos países ocidentais e de Israel de que o Irã busca obter uma bomba atômica.
No sábado (1º), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou em entrevista à emissora catariana Al Jazeera que seu país está disposto a negociar para acabar com as preocupações sobre a natureza de seu programa nuclear, embora tenha se recusado a iniciar conversas diretas com os Estados Unidos.
Araghchi considerou inaceitáveis as condições impostas pelos EUA para chegar a um acordo, que incluem o enriquecimento zero de urânio no Irã e a limitação do programa de mísseis do país islâmico. “Nunca negociaremos nosso programa de mísseis e nenhum ator racional aceitaria se desarmar”, afirmou o chefe da diplomacia iraniana, que garantiu que “o que não foi conseguido com a guerra não poderá ser conseguido com a política”.
No dia 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva contra alvos militares, nucleares e civis no Irã, que causou mais de mil mortos, ao que Teerã respondeu disparando mísseis e drones contra território israelense, causando cerca de 30 mortes.
Em 22 de junho, os EUA também intervieram na guerra com bombardeios contra três instalações nucleares do Irã, onde, segundo Araghchi, ficaram enterrados mais de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, muito próximo dos 90% necessários para fabricar armas nucleares. Desde esse conflito de 12 dias, ficaram estancadas as negociações nucleares que Irã e EUA iniciaram em abril de forma indireta e com a mediação de Omã.
Com informações da EFE
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