Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Foto: © NASA
Um dos corpos celestes mais observados pela comunidade científica nos últimos anos, o asteroide Apophis, cujo nome de batismo remete ao deus egípcio do caos, tem chamado a atenção não só pelo seu acontecimento em si, mas também por acender um sinal de alerta.
É porque, diferentemente do que se esperava, a passagem relativamente próxima à Terra prevista para 2029 pode colocar a vida humana em risco. Ao menos é o que aponta estudo recente publicado pela Planetary Science Journal, ao considerar as chances de um eventual desvio da trajetória do corpo celeste.
Descoberto em 2004, as observações iniciais apontavam que o Apophis representava um risco nível 4 na escala de impacto de Torino, que avalia a probabilidade de impacto de um asteroide contra a Terra, entre 0 a 10. O maior nível já registrado desde o surgimento da medida comparativa.
Se à época a possiblidade de choque do asteroide contra a Terra chamava a atenção dos cientistas da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), a novidade, vinte anos depois, leva em conta possíveis variações de sua trajetória em curso.
Por que aproximação de asteroide preocupa a ciência?
Paul Wiegert, astrônomo canadense responsável pelo novo estudo sobre o tema, leva em conta a possibilidade de um pequeno asteroide cruzar o caminho do imponente Apophis, o que causaria não apenas mudança na sua velocidade como também na trajetória prevista 20 anos atrás.
Os impactos causados pela colisão dos corpos celestes rochosos e eventuais encontros com pedregulhos espalhados pelo sistema solar levou o cientista canadense a considerar que, SIM, há chances de o curso do asteroide sofrer alteração em relação à sua atual – ainda que extremamente baixa.
Estimando possíveis impactos com pedregulhos de diferentes tipos e tamanhos existentes no sistema solar, o cientista chegou à conclusão de que a probabilidade de um impacto capaz de desviar significativamente o asteroide de seu curso atual é extremamente baixa, inferior a uma em um milhão. Apophis deve passar relativamente próximo à Terra ainda em 2036 e 2068.
Na conclusão, o cientista alerta que as chances de não ter a colisão “são muito boas, embora tornem o risco de impacto um pouco maior do que pensávamos anteriormente.” “O monitoramento constante de Apophis é fundamental para garantir a segurança do nosso planeta”, conclui Paul Wiegert.
Sugestão de pauta ou denúncias é só enviar no e-mail: redacao@jornalespaco.com.br
Contatos de Reportagens e Marketing:
62 9 9989-0787 Vivo
62 9 8161-2938 Tim
62 9 9324-5038 Claro
Instagram: @Jornal Espaço