Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Foto: Aline Rodrigues
Vacinação contra coqueluche é feita com pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida; e com reforço da DTP aos 15 meses e 4 anos
Imunização contra doença é feita, principalmente, por meio da vacina pentavalente para crianças até 6 meses. Em 2023, cobertura vacinal da coqueluche em Goiás foi de apenas 78,19%
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), alerta a população sobre a importância da vacinação contra a coqueluche, diante de surtos da doença considerada de alta transmissibilidade, principalmente em países da Ásia e Europa. No final de maio deste ano, o Ministério da Saúde emitiu uma Nota Técnica com recomendações de fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil, diante do cenário global.
A vacinação contra a doença é feita primeiro com a pentavalente, que tem esquema vacinal composto por três doses (aos 2, 4 e 6 meses de vida). Depois, são necessários reforços com a vacina DTP aos 15 meses e aos 4 anos. Apenas após todas as doses, a criança é considerada efetivamente protegida contra a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza ainda a dTpa para a vacinação de gestantes, puérperas e de profissionais da área da saúde contra a coqueluche.
A doença é caracterizada por sintomas como tosse seca, febre e cansaço, que podem levar a complicações, como pneumonia, desidratação e paradas respiratórias. No Brasil, ela é controlada pela vacinação. O último pico de coqueluche no país aconteceu em 2014. Entretanto, a queda expressiva verificada nas coberturas vacinais desde 2016 tem preocupado as autoridades de saúde e aumenta a necessidade de manter a imunização em dia.
“Para quem não se lembra, a coqueluche era chamada de tosse comprida, mas, graças à vacinação, às altas coberturas que nós tínhamos, muitos países não conhecem essa doença mais. Contudo, ela está voltando e precisamos redobrar os cuidados, já que, nas formas mais graves, ela pode, inclusive, levar à morte”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.
Em Goiás, não há números expressivos da doença, que teve apenas um caso confirmado em 2022 e um neste ano de 2024, mas sem óbitos. Em 2023 não houve registros de coqueluche no estado. Apesar disso, a cobertura vacinal da pentavalente é considerada baixa, com índice de 76,12% em 2022 e 78,19% no ano passado. O preconizado pelo MS é cobertura vacinal acima de 90%.
“Se a gente não melhorar essa cobertura vacinal que temos hoje, infelizmente, nós poderemos ter casos de surto aqui no estado também. É muito importante que a criança tenha o seu esquema completo para ela ser considerada protegida. Na dúvida, leve seu filho e o cartão de vacinação num posto de saúde mais próximo”, reforça Flúvia Amorim.
Alerta internacional
Em maio deste ano, a União Europeia divulgou o Boletim Epidemiológico que demonstrava o aumento da doença em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos notificados de coqueluche entre 1 de janeiro e 31 de março de 2024. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos da doença.
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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