domingo - 19 - maio - 2024

Movimento Terrorista: Apreendidos bens de 89 líderes da Irmandade Muçulmana no Egito

A Irmandade Muçulmana do ex-presidente Morsi foi mantida na clandestinidade durante a ditadura militar

Cairo, 17 Jan 2021 (AFP) – Um tribunal egípcio ordenou a apreensão dos bens do falecido ex-presidente Mohamed Mursi e de outros 88 responsáveis da Irmandade Muçulmana, um movimento classificado como “terrorista” pelo governo, disse uma fonte judicial neste domingo (16).

Publicidade

continuação da matéria…

“O tribunal de assuntos urgentes (…) ordenou a apreensão de bens de 89 dirigentes e membros da irmandade e a sua transferência para o Tesouro Público”, informou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

O embargo afeta, sobretudo, os bens herdados pela esposa e os quatro filhos do ex-presidente – que morreu em junho de 2019 em pleno processo, após ter passado seis anos na prisão -; os pertences do guia supremo da irmandade, Mohamed Badie; de seu vice, Jairat al Shater; e de Mohmaed Beltagui, todos eles na prisão.

Publicidade

continuação da matéria…

O valor da soma de todos os ativos não foi especificado.

Não é a primeira apreensão do tipo a ser determinada no Egito, sob a lei sobre a “organização e gestão de bens de terroristas e grupos terroristas”, aprovada em 2018. Em 2019, foram embargadas as posses de centenas de membros da irmandade.

Mursi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, foi deposto pelo general Abdel Fattah al Sisi, que mais tarde foi empossado como presidente, após uma série de manifestações massivas contra o governo.

A partir de 2013, Al Sisi orquestrou uma forte repressão contra a oposição, especialmente a Irmandade Muçulmana, que a justiça declarou como “organização terrorista” nesse mesmo ano. 

str-hha/feb/jvb/eg/ic

 

 

plugins premium WordPress