De acordo com o Ministro da Economia, o melhor neste momento é vender “as empresas que dão menos lucro”, para financiar projetos
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar nesta quinta-feira (25) no programa Renda Brasil. Ele é o único membro do Governo que está falando esse termo publicamente. Todos os outros já deixaram de falar sobre ele.
Mas Guedes segue firme. E em uma reunião no Senado ele disse que quer financiar esse programa com recurso da venda de estatais. Essa não é a primeira vez que ele fala isso. E também não é a primeira vez que ele não revela quais seriam essas estatais.
Seja como for, desta vez ele disse que a ideia é vender pelo menos duas empresas que “não dão muito lucro ao Brasil” neste momento. De acordo com Guedes, essas vendas podem fazer com que o Brasil pague valores maiores em seus benefícios.
“Se é patrimônio do povo brasileiro, tá na hora de chegar no povo direto”, disse ele na reunião. Ele seguiu dizendo que o Bolsa Família atual tem um valor muito baixo e disse que também que quer subir esse valor para um patamar mais alto.
Ao contrário do Auxílio Emergencial, o Bolsa Família não tem um valor fixo. Cada pessoa recebe um valor diferente a depender das suas próprias condições. Seja como for, hoje a média de pagamentos do benefício está na casa dos R$ 190.
Dinheiro para projetos
Seja Bolsa Família, Auxílio Emergencial ou Renda Brasil, o fato mesmo é que o dinheiro que os programas pagam, ou deverão pagar, não é suficiente para viver. Principalmente porque o custo de vida vem aumentando muito nas principais cidades brasileiras.
Mas membros de esquerda estão criticando esse discurso de Guedes. O ex-candidato a presidente, Guilherme Boulos (PSOL-SP), chegou a classificar Paulo Guedes como um “sujeito mesquinho”. O político também criticou o valor do Auxílio Emergencial.