Após a abertura da quarta sessão legislativa da Câmara Municipal de Senador Canedo houve a leitura do habitual versículo da Bíblia Sagrada e também a leitura da ata da terceira sessão
Então o vereador Reinaldo Alves fala sobre o Instituto de Assistência Médica de Senador Canedo (IAMESC), onde discorre sobre um evento que virou notícia nacional, de uma mulher canedense que é dependente do plano de saúde municipal através do seu pai, que é o titular, por ser servidor da prefeitura e essa mulher acionou a justiça para ter suas despesas médicas pagas pelo IAMESC, mesmo ela estando em um hospital em São Paulo não credenciado na rede conveniada com o IAMESC e acionou a justiça para ter acesso ao benefício de seu pai em seu favor e em favor de sua filha. Dr. Reinaldo explica que a mãe da criança já era dependente de um titular, então sua filha se torna a partir daí “dependente de dependente” e que o custo do tratamento ficou em cerca de 2 milhões de reais, o que pode inviabilizar o IAMESC financeiramente, pois a receita do instituto é da ordem de R$ 1.2 milhão por mês, penalizando assim os outros 12 mil segurados.
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O vereador Vilmar Lima pediu uma parte na fala para lembrar que quem utilizou os benefícios foi a mãe e não a criança e perguntou se a mãe não teria tal direito por ter seu filho na barriga ainda.
O vereador Robson Henrique também pediu uma parte na palavra do Dr. Reinaldo para lembrar que a questão é que o hospital escolhido foi o Beneficência Portuguesa de São Paulo. Lembrou que é necessária sim uma audiência pública para discutir um limite na escolha de hospitais e raciocinou: “já pensou se o IAMESC tiver que começar a arcar com custos de hospitais de referência internacional, como é o caso do Sírio Libanês e o Albert Einstei, por exemplo?”
O vereador Reinaldo Alves volta a ressaltar que a mãe não é segurada do IAMESC, ela é dependente de um segurado e é maior de idade. Mas a preocupação não é nem tanto essa e sim a escolha de um hospital não credenciado e o “credenciamento” do hospital paulista ter sido feito à forçado pela justiça. Lembrou também que o ex-prefeito Misael comentou com ele sobre as dificuldades que sua esposa, a responsável pelo IAMESC, Eliete Gonçalves, teve logo no início da sua gestão no IAMESC por conta dessa decisão judicial.
A vereadora Welma Lira tomou então a palavra com outro assunto. Ela apresentou um ofício que será encaminhado à Secretaria de Saúde pedindo explicações sobre contratos, despesas, licitações e gastos desde janeiro até hoje. A vereadora ressalta que acha importante essa transparência para que a Câmara possa participar na gestão dos recursos, como fiscais em favor do povo. O ofício tem um prazo para ser cumprido até a próxima sessão ordinária do próximo mês. O intuito é eliminar a insegurança em virtude de alguma dificuldade de comunicação com a secretária Fabiana. Mais uma vez foi lembrada a questão da comunicação deficiente da prefeitura com a população e foi cobrada mais transparência nos atos administrativos. Ela quer entender se há alguma dificuldade por parte da Secretaria de Saúde. Em determinado ponto de seu discurso ela perguntou: “Como apresentar novos projetos se estamos precisando do básico, que é a saúde?”
O vereador Robson Henrique comentou sobre a questão de distribuição das cestas básicas por parte da prefeitura e indicou ligar para os seguintes números na região da Galvão (3275-3728), na região do Oliveiras (3204-2376) e na região Central (3532-2008).
Então o vereador Daniel Cardoso faz um informe de utilidade pública: A Sanesc abriu negociações em até 15 vezes para parcelamento de contas de água atrasadas. Parabeniza também o monitoramento e a guarda municipal pelo trabalho exemplar que vem fazendo. Então Daniel Cardoso sugere que a vacinação seja feita em forma de drive-trough ou então em locais mais abertos para evitar aglomerações, pois o povo está com pressa para tomar a vacina e acabam se aglomerando.
Em seguida o vereador Wesley Souza cumprimenta a todos e diz que a secretária de saúde, Fabiana Lopes, enviou uma mensagem para ele informando que já têm em estoque no município 4.950 doses da vacina contra a Covid-19. Tem também 1.500 outras para a segunda dose. Ontem foram vacinados maiores de 75 anos. Já foram disponibilizados estoques de 1.330 doses do Butantã e 1.100 doses da Fiocruz. Informou também ao vereador Daniel Cardoso que o clamor da população sobre aglomerações e em relação aos idosos também já foi ouvido e atendido.
Sérgio Bravo Júnior agradece aos guardas municipais pelo suporte que estão dando na Casa de Leis.
Vilmar Lima lê os requerimentos e o presidente da Câmara, Carpegiane Silvestre, encaminha para providências cabíveis.
Projetos de Lei votados, aprovados e encaminhados para a confecção da Outorga de Lei. Detalhes sobre essas novas Leis logo em breve no Blog Tiranossaurus Rex.
O vereador Reinaldo Alves sugeriu ao Presidente Carpegiane que seria oportuno os vereadores irem à prefeitura para que fosse implantado um projeto de Lei para um auxílio emergencial aos munícipes. Sugere marcar audiência com o prefeito Fernando Pellozo para que sejam tomadas providências para a criação de um auxílio emergencial municipal. “Nossa realidade econômica não é distante da de Aparecida ou de Goiânia”, observou. Sugere ainda que esse auxílio seja criado através de mecanismos que evitem fraudes: “que seja feito de modo que possa funcionar sem desmando e sem proveito politiqueiro por parte de vereadores e políticos”.
Então o Presidente da Câmara, Carpegiane Silvestre, pergunta sobre o comentário de doutor Reinaldo a respeito de o prefeito não gostar de atender vereadores.
Doutor Reinaldo diz que quando o prefeito vê na bina do celular um vereador ligando, o prefeito encerra a chamada sem atender, informa que há muitos relatos pela cidade onde pessoas já viram o prefeito fazer isso.
Em questão de ordem, Vilmar Lima endossa as palavras de Reinaldo dizendo que sempre atende ligações ou retorna as ligações e nunca deixa ninguém falando sozinho e sugere que se Fernando Pellozo não atende ligações deve pedir pra sair do cargo e entregar a prefeitura ao seu vice-prefeito.
Sérgio Bravo Júnior disse que teve um problema em um PSF, ligou para a secretária de saúde e que Fabiana Lopes não o atendeu e então, na primeira vez que ligou para Fernando Pellozo de primeira já foi atendido e seu problema foi resolvido diretamente pelo prefeito.
Welma Lira pede a palavra, sobre o mesmo assunto, e comenta que existem sim relatos de que o prefeito às vezes não atende mesmo, mas podem ser, talvez, fofocas. Ela acredita que precisa sim melhorar, pois ela sente esse descaso até mesmo com ela. A vereadora sugere ao prefeito e à sua equipe de comunicação que melhorem isso.
Vilmar Lima diz que está satisfeito com os relatos dos vereadores sobre terem sido atendidos pelo prefeito. Ele Lembra ainda que 800 servidores foram dispensados da Secretaria de Educação e a previsão de volta às aulas é só em agosto, então essas pessoas estão em sérias dificuldades, sem emprego e sem cestas básicas.
Celismar relata que tem encontrado algumas dificuldades, diz que o atendimento está ruim. Diz que basta sair e perguntar para a população para constatar a insatisfação no atendimento do Poder Executivo. “Precisa mudar a forma de atender as pessoas”, observa ele. Diz Celismar que em todas as repartições públicas existe essa mesma reclamação, onde o atendimento está péssimo. “Um executivo em pleno século 21 que não têm abertura para o diálogo? As pessoas estão sofrendo e o prefeito não atende adequadamente. Senhor prefeito eleito, tenha a postura de um executivo. A população confiou no senhor. Esquece gestão anterior. Foca na sua administração. Dê rumo para as coisas. O senhor é o prefieot, faça as coisas acontecerem com transparência. Aja com transparência, com a verdade. Pare de mentir para as pessoas. Pare de enganar as pessoas”, enfaticamente aconselhou o vereador.
Carpegiane Silvestre diz que existem reclamações de que não está havendo a contratação de pessoas daqui da cidade e sim de fora, de outras cidades.
Celismar concorda que tem muita gente competente no município e essas pessoas precisam de oportunidade. Ele foi um crítico da gestão anterior que acredita que secretários precisam de autonomia e precisam ser de confiança. “Nosso executivo, na função de gestor, tem que delegar resultados”, conclui.
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Carpegiane concorda com Celismar que o secretário deve ter autonomia dentro das secretarias municipais. A população não reelegeu Divino justamente por isso, e que isso sirva de exemplo para a atual gestão. Ele lembra que existem muitas reclamações sobre o secretário especial do prefeito, Lucas Rodovalho, onde dizem que ele serve de para-choque e escudo para blindar o prefeito e não deixar ninguém chegar até Fernando Pellozo.
Doutor Reinaldo fala sobre Lucas Rodovalho, que é de dentro da casa do prefeito. Parece que existe uma estratégia de enrolação para tirar o Lucas e alguém de Goiânia assumir no lugar dele. “Quando eu falo que não gosta de vereador eu falo com propriedade. Todos os prefeitos vem à Câmara no início do ano legislativo e esse prefeito ainda não compareceu à Câmara. Esse prefeito sequer promoveu uma reunião com os vereadores. Ele está governando com os projetos do governo anterior. Sequer mandou um único projeto para essa casa. Não vem com embromação não. Existe uma trama para enganar bobo. Lá em cima tem os encantadores de idiotas. Já ouvi falar em animais surdos, humanos surdos, mas agora descobri que existe também o ‘governo surdo’. O prefeito não atende os vereadores e não atende o povo”, energicamente denuncia o vereador Dr. Reinaldo Alves.
Carpegiane diz que o secretário especial Lucas Rodovalho não tem nenhuma habilidade para fazer a articulação entre a população e o prefeito e principalmente nenhuma habilidade política para a interlocução entre os vereadores e o prefeito.
Vilmar Lima diz que todo comandado só age ou deixa de agir debaixo de ordens, então Lucas Rodovalho está sendo autorizado por alguém a barrar a população. Ele só não sabe quem está dando ordens pra barrar os vereadores e a população.
Sérgio Bravo Júnior diz que a única vez que ele ligou foi atendido de primeira pelo prefeito.
Diney relembra aos presentes e internautas sobre o requerimento verbal conjunto com Vilmar Lima concernente à um Projeto de Lei nº 1.642 de autoria do antigo vereador Roberto Lopes, que propõe uma parceria com Secretaria de Assistência Social para a distribuição de cestas básicas emergenciais. Então interpela seu par, Robson Henrique, dizendo: “Não adianta passar o telefone e o serviço social ir na casa da pessoa, porque se a pessoa foi até a prefeitura pedir uma cesta básica é porque está realmente precisando. Esse Projeto de Lei prevê que seja dado o devido amparo a quem precisa. O nome do Projeto de Lei é Cesta Sustentável. Houve um destaque em rede nacional sobre esse assunto”.
Robson Henrique informa ao vereador Vilmar Lima que o secretário Paulo Roberto não o atendeu porque estava fazendo endoscopia.