quinta-feira - 09 - maio - 2024

Estados / Paraná / Epidemia de Gripe: Paraná declarou epidemia de H3N2

Curitiba já aplicou 210 mil doses da vacina contra a gripe em pouco menos de um mês de campanha, iniciada em 10/4. – Na imagem, o aposentado Carlos Alberto Oliveira recebe a vacina da gripe na unidade de saúde Mãe curitibana. Foto: Daniel Castellano/SMCS

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou nesta quarta-feira que o Paraná está vivendo uma epidemia de H3N2, uma variação do vírus Influenza, responsável por quadros gripais. Agora, com o novo status da doença no estado, a gestão estadual e as secretarias municipais devem reforçar as estratégias de contenção do vírus, em paralelo à prevenção da Covid-19.

O secretário de estado da Saúde, Beto Preto, informou que o principal caminho de combate à gripe é a informação. “O mundo dos vírus é imprevisível. Temos que trabalhar com eles dia a dia. Precisamos do apoio de todos. Os cuidados continuam. Nesse momento, o uso da máscara se faz determinante”, orientou.

Beatriz Battistella, executiva da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, explica que os cuidados que já são tomados contra a Covid-19 podem ajudar a frear também a disseminação da H3N2. “O caminho é se prevenir do todo. Porque se nós evitamos aglomerar e mantemos as medidas de higiene, fazemos a barreira possível, mais fácil e acessível a todos”.

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Estoque de vacina para a gripe e tratamento

A cobertura vacinal do Paraná teve uma sobra de 616 mil doses de vacina contra a gripe que devem ser distribuídas pelo estado. A orientação é que a população se vacine para adquirir uma imunidade maior à subvariante.

O Ministério da Saúde autorizou a aplicação da vacina contra a gripe junto com a imunização contra a Covid-19. Quem não está em dia com as vacinas pode receber as duas ao mesmo tempo.

E, diferente da Covid-19, a gripe tem tratamento com Tamiflu. A medicação reduz casos graves se for utilizada nas primeiras 48 horas. O estoque disponível no estado é de medicamento para apenas cerca de 10 mil pessoas.  “Estamos entrando com um quantitativo de munição. Não sei se vai dar para chegar em março”, desabafou Beto Preto.

As secretarias municipais da saúde solicitaram o retorno de servidores que estavam de férias para atender à maior movimentação nos postos de saúde.

Além disso, as secretarias devem repensar medidas para as datas comemorativas. Se os vírus se espalharam com mais facilidade nas festas de fim de ano, o carnaval também acende alerta. A Secretaria da Saúde informou que está avaliando as condições até o próximo feriado, mas que as grandes aglomerações são as principais preocupações nesse trabalho de contenção da gripe e da Covid-19.

Não apenas o carnaval, mas grandes eventos musicais ou esportivos podem ser revistos. “Não existe a permissão de retirar as máscaras mesmo em locais abertos, e não é o que temos visto”,  explicou o secretário estadual da saúde.

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Epidemia de H3N2 chega “fora de data”

Foram detectados até agora 12 óbitos e 832 casos da H3N2 em 144 municípios do Paraná. De acordo com a Sesa, esse número deve ser de 20 a 30 vezes maior, já que a maior parte das pessoas com o vírus não estão sendo testadas. A doença não circula apenas em ambiente familiar, mas em diversos pontos do estado e, por isso, é considerada uma epidemia.

Ela vem em um período atípico. As gripes costumam ser preocupação da saúde do estado entre o outono e o inverno. A quantidade de casos de Influenza hoje é maior do que o dobro da taxa mais alta dos últimos 7 anos.

Gazeta do Povo

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