Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do jornal Espaço
Tendo em vista o aumento no número de casos de tuberculose em todo o país, o Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (24/03), uma campanha nacional de combate à tuberculose.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 1.482 novos casos da doença, número que representa um aumento de 27,3% em relação a 2021, ano em que o Estado registrou 1.164 novos casos.
Em nota, a SES informou que o Estado registra avanços na política de controle da doença, mas ressaltou que os serviços de saúde devem se comprometer com ações para combater a tuberculose.
“É importante que os serviços de saúde estejam profundamente comprometidos com a vigilância, assistência ao doente, diagnóstico precoce, tratamento oportuno do doente e ampliação do tratamento preventivo. Além de outras ações de prevenção, como a vacina BCG” informou.
Na Capital, o aumento no número de casos foi de 21,1%. No ano de 2021, foram notificados 439 casos e 37 óbitos; em 2022, o número de casos subiu para 532, e 38 óbitos foram registrados, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
A Sesau também reforça que a prevenção pode ser feita através da vacina BCG, recomendada para aplicação no primeiro mês de vida da criança, mas que pode ser aplicada até os 4 anos de idade.
“A vacina diminui as chances de desenvolver formas graves da doença, como meningite tuberculosa, apesar de não ser eficaz contra a tuberculose pulmonar”, destaca.
Segundo a pasta, em Campo Grande, foram aplicadas 13.769 doses da vacina BCG no ano de 2022, o que corresponde a 105,71% do público de até um ano de idade no município. Em 2021 essa cobertura foi de 101,32%, com 14.225 doses aplicadas.
“Essa informação da cobertura superior a 100% se deve ao fato de que há muitas crianças que nascem e são imunizadas aqui, contudo residem em municípios do interior, o que pode resultar em uma cobertura que não condiz completamente com a realidade local”, acrescenta.
A nível nacional
Em 2022, o Brasil registrou 78 mil novos casos da doença – um aumento de 4,9% em relação ao ano de 2021. O levantamento, divulgado pelo Ministério da Saúde, também mostra que, em 2021, o país teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos.
Segundo a pasta, a tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo, atrás apenas da Covid-19. A transmissão ocorre por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa.
A doença afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos, ocorre com mais frequência em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
No mundo todo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais.
Sintomas
- Tosse por 3 semanas ou mais;
- Febre vespertina;
- Sudorese noturna;
- Emagrecimento.
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse. Essa tosse pode ser seca ou produtiva (com catarro).
Diagnóstico
Os testes para o diagnóstico da tuberculose são ofertados gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. A medida é fundamental para a detecção de novos casos e para o controle da doença.
Pessoas com sintomas da doença devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e realização de exames. É importante, também, que os contatos mais próximos de uma pessoa com resultado positivo para a tuberculose sejam testados, tendo em vista que a transmissão da doença ocorre pelo ar.
O tratamento para tuberculose deve ser iniciado o mais rápido possível após o resultado positivo do teste. A doença tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada e até o final.
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