Fenômeno Perseidas poderá ser observado na madrugada deste domingo, 13. No Brasil, poderá ser visualizado principalmente nas regiões Norte e Nordeste – Foto: Pedro Puentes Hoyos/EFE
Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
A Perseidas se destaca como uma das chuvas de meteoros mais populares, principalmente devido à sua ativação durante os meses de verão no Hemisfério Norte
Na madrugada deste domingo (13/08) os olhos voltados para os céus terão a chance de testemunhar o espetáculo celestial conhecido como chuva de meteoros Perseidas. Este fenômeno é resultado da jornada da Terra através da região do Sistema Solar onde se encontram os fragmentos deixados pelo cometa 109P/Swift-Tuttle. O evento anual é esperado para acontecer uma vez a cada ano e tem sua visibilidade padrão confirmada em Mato Grosso do Sul.
A Perseidas se destaca como uma das chuvas de meteoros mais populares, principalmente devido à sua ativação durante os meses de verão no Hemisfério Norte, período em que as condições climáticas se tornam mais propícias para a observação astronômica.
Segundo o Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, o fenômeno é mais facilmente observado por observadores do Hemisfério Norte, devido à posição do radiante das Perseidas. O radiante é o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir, e nesse caso, é localizado na constelação de Perseu, ao norte do ponto de vista terrestre.
Para os observadores no Hemisfério Sul, a visualização pode ser um pouco limitada, mas ainda é possível perceber a passagem dos fragmentos, especialmente na região próxima ao Equador, incluindo o Norte e o Nordeste do Brasil.
No pico da chuva, que deve ocorrer entre o final da madrugada e o início da manhã deste domingo, os observadores do Hemisfério Norte podem esperar a visibilidade de 50 a 75 meteoros por hora, nas condições ideais. No Brasil, a taxa máxima de meteoros por hora é estimada em 40.
O astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, explica que a Terra, ao girar ao redor do Sol em 365 1/4 dias, faz com que o momento de máxima atividade de cada chuva de meteoros avance seis horas a cada ano. Isso explica a mudança no horário de pico da Perseidas ao longo dos anos.
O Observatório Nacional destaca que, apesar da maioria dos meteoros Perseidas serem de baixa intensidade, a fase crescente da Lua durante o pico da atividade favorecerá a visualização. Diferente do ano passado, quando a Lua interferiu na observação, este ano sua influência será mínima.
O que são? – As chuvas de meteoros são formadas pela entrada de detritos de cometas – pequenos corpos celestes formados por gelo e poeira que orbitam um sol – na atmosfera terrestre.
O fenômeno, também conhecidos como “estrelas cadentes”, se dá quando a rocha espacial cai em direção à Terra e a resistência do ar causa uma ablação (processo de erosão) no meteoroide, formando um “rastro” brilhante.
O 109P/Swift-Tuttle, especificamente, dá uma volta em torno do nosso Sol a cada 133 anos e entrou pela última vez na parte interna do Sistema Solar em 1992, quando deixou os detritos que poderão ser vistos caindo em direção à Terra nesta madrugada.
Fonte: https://www.acritica.net
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