Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Com início imediato em 24 unidades, projeto “Integração Hospitalar em Rede” tem meta de diminuir pela metade tempo de espera por atendimento

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), lançou nesta quinta-feira (26/06) o projeto Integração Hospitalar em Rede, iniciativa voltada à otimização do sistema de saúde estadual. Em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e com o Institute for Healthcare Improvement (IHI), a proposta tem como meta reduzir pela metade o tempo de espera por atendimento hospitalar, integrando 24 unidades da rede pública.
Segundo o governador, a ação reúne o que há de mais avançado em gestão hospitalar e proposta consolida um sonho antigo de tornar Goiás referência nacional em eficiência na saúde pública.
“Sempre sonhamos com isso: transformar Goiás em exemplo de eficiência e gestão em saúde no Brasil. Agora é realidade”, afirmou Ronaldo Caiado.
O projeto inclui a realização de diagnósticos nos hospitais para identificar gargalos, capacitação de equipes e formação de líderes multiplicadores. A partir disso, a metodologia do IHI será aplicada para melhorar o fluxo de pacientes, integrar os hospitais da rede e otimizar o uso dos leitos, reduzindo a superlotação.
A medida é considerada estratégica para o futuro da saúde pública no estado.

“Dá para fazer medicina com transparência, com qualidade e salvando vidas. Esse é o compromisso da nossa gestão”, reforçou Caiado, que também destacou o papel do Hospital Israelita Albert Einstein na recuperação de unidades estratégicas, como o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).
O secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos, afirma que Goiás está preparado para liderar uma mudança estrutural na forma de fazer saúde pública. Segundo ele, 100% dos hospitais estaduais, que são administrados por organizações sociais ou organizações da sociedade civil, já aderiram ao projeto de melhoria. Ele disse que o objetivo é integrar esforços, padronizar todos os atendimentos e a gente uniformizar os processos de assistência para que não haja variação.
“Hoje temos leitos de UTI distribuídos em todo o estado, contratos regulares e metas sendo cumpridas pelas unidades. Criamos um ecossistema maduro e seguro para avançar com projetos dessa envergadura”, ressalta.
A execução da parceria começa de forma imediata e deve durar cerca de 18 meses. O governador não informou o valor de recursos que serão utilizados no projeto: “Isso vem dentro de um planejamento. Eles estão fazendo hoje essa avaliação. Acabamos de assinar um Termo de Acordo e eles vão apresentar a proposta, que será discutida por mim e pelo secretário”.
O secretário disse que inicialmente devem ser aplicados R$ 20 milhões no projeto, com estimativa de redução de gastos, devido à otimização do atendimento, da ordem de R$ 500 milhões/ano.
‘Goiás dá um passo à frente e será exemplo para todo o país’
Segundo o Governo de Goiás, a metodologia do IHI baseia-se em três pilares: criar um sistema de aprendizagem em toda a estrutura hospitalar; redesenhar processos assistenciais com foco na eficiência do fluxo de pacientes; e utilizar inteligência de dados para prever demandas, agendar cirurgias e reduzir variações nos atendimentos.
Para o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, a parceria representa um marco para a saúde pública brasileira. Segundo ele, o projeto é pioneiro na medida em que abarca a organização de toda uma rede hospitalar pública de um estado brasileiro. O objetivo é homogeneizar atendimento e análises de situações para otimizar a resposta do sistema hospitalar para, com isso, reduzir tempo de atendimento, atender melhor e economizar.

“Nosso papel é aportar conhecimento e experiência em melhoria contínua, focando em qualidade, segurança, cuidado centrado no paciente e eficiência operacional. Goiás está dando um passo à frente e será exemplo para todo o país”, afirmou.
Klajner lembrou ainda que o Einstein já participou de mais de 1.500 projetos similares no Brasil e na América Latina, impactando mais de 4,5 milhões de pessoas e gerando uma economia estimada de R$ 1,3 bilhão em recursos públicos e privados. Ele disse ao PORTAL NG que o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, administrado pelo Albert Einstein, serve de exemplo do que será feito na rede estadual, com otimização de procedimentos, diagnósticos e ampliação de serviços oferecidos.
“Não se trata de mudar o barco da saúde, mas de mudar a forma de navegar — ajustando as velas para sermos impulsionados pelos ventos da excelência”, completou.
A iniciativa conta com o envolvimento direto de mais de 500 profissionais de saúde e reforça o compromisso do governo estadual com a gestão eficiente e o cuidado humanizado. O projeto foi elaborado ao longo de sete meses e torna Goiás o primeiro estado a integrar grandes hospitais públicos em um único fluxo de processos hospitalares.
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