Trabalhadores cobram do Governo estadual a concessão do reajuste da data-base dos salários referente aos anos em 2015, 2018, 2019 e 2020, cujas perdas salariais chegam a 26,81% // Fotos: Notícias Goiás
Servidores públicos, principalmente das forças de segurança, incluindo policiais militares e civis e bombeiros, realizaram uma mobilização geral na tarde desta quinta-feira (28/10) em Goiânia para pedir do Governo estadual a concessão do reajuste da data-base dos salários referente aos anos em 2015, 2018, 2019 e 2020. No total as perdas salariais, segundo cálculo dos servidores, chegam a 26,81%.
Pela manhã, representantes de associações e sindicatos se reuniram com o governador Ronaldo Caiado (DEM). O encontro foi marcado pelo governador de última hora, na noite anterior, como tentativa de evitar o protesto, mas os servidores mantiveram a manifestação.
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Segundo os organizadores, servidores de 32 entidades, entre sindicatos e associações, se concentraram em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, por volta de 14 horas. Centenas de trabalhadores, a maioria usando uniformes dos órgãos que pertencem, se concentraram na porta do Legislativo estadual e fecharam um sentido da avenida.
No local, em dois carros de som, os sindicalistas explicaram que o governador propôs discutir uma solução para o pagamento das datas-base no próximo ano, após o estado entrar no Regime de Recuperação Fiscal, proposta que foi de pronto rechaçada pela categoria. Alguns políticos, entre eles os deputados oposicionistas Adriana Accorsi (PT), Eduardo Prado (DC) e Humberto Teófilo, discursaram e apoiaram as reivindicações dos servidores.
O deputado Coronel Adailton, apoiador do governo Caiado, usou a palavra, mas foi vaiado. Ainda em frente a Assembleia Legislativa, o sindicalista e vereador Mauro Rubem (PT) também foi vaiado e hostilizado com gestos ao fazer críticas ao Governo federal.
Novo protesto é marcado para o dia 17 de novembro

Em seguida, os manifestantes caminharam até o Centro Administrativo, na Praça Cívica, para protestar em frente a sede administrativa do Governo estadual. Ali, em assembleia geral, eles definiram pela realização de uma nova manifestação, no dia 17 de novembro, novamente em frente a Assembleia Legislativa.
Como os servidores da segurança pública eram aparentemente maioria entre os manifestantes, não chegou-se na assembleia a ser apresentado indicativo de greve.
Mas após a deliberação pela realização de novo protesto, uma sindicalista sugeriu que na próxima reunião seja avaliada a possibilidade dos servidores decidirem sobre greve.
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Servidores que trabalham armados, caso das polícias Militar e Civil, são impedidos por lei de fazer greve, mas os governantes, segundo o Supremo Tribunal Federal, deve discutir as reivindicações dessas categorias.
A revisão anual de salários, ou data-base, é uma correção das perdas inflacionárias e está prevista na Constituição Federal, como forma de manter o poder de compra do salário do trabalhador.
O governo, no entanto, enviou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 sem a previsão do pagamento do benefício. A secretária da Economia, Cristiane Schmidt, disse, em prestação de contas na Assembleia Legislativa, que não teria como pagar a data-base em 2022.
Notícias Goiás
															
