quinta-feira - 21 - novembro - 2024

Estados / Goiás / MP-GO / Arquivado: Ministério Público arquiva denúncia contra complexo oncológico

Foto: Secom
Localizado às margens da BR-153, em Goiânia, o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás é o primeiro hospital público no estado voltado exclusivamente ao tratamento contra o câncer

 

Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço

 

Procuradoria-Geral de Justiça de Goiás reconheceu como constitucional o modelo escolhido pelo Governo estadual para construção e gestão do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP/GO) rejeitou a denúncia do Diretório Estadual do PSDB contra o Governo de Goiás e o governador Ronaldo Caiado, por possíveis irregularidades na construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). A denúncia rejeitada é assinada pelo presidente nacional do partido, ex-governador Marconi Perillo.

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres, considerou que o modelo escolhido para construção e gestão da unidade é constitucional, amparado pela Lei nº 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil.

“A celebração de parcerias para a prestação de serviços públicos de saúde, por meio de gestão por colaboração, com a iniciativa privada não encontra vedação na Constituição Federal, conforme já assentado pelo Supremo Tribunal Federal, nos autos da ADI 1923/DF”, observou Peres, ao determinar o arquivamento da denúncia.

Cyro Terra acrescentou ainda que o artigo 30, inciso VI, da Lei 13.019/2014 “prevê, expressamente, a possibilidade de celebração de parceria com organizações da sociedade civil, inclusive de forma direta, para a gestão por colaboração de serviços de saúde, sem distinção se de natureza preventiva ou assistencial”.

O representante do MP/GO pontuou ainda que a própria Constituição garante outras modalidades de contratação para a oferta de atendimento à saúde.

“Do texto constitucional extrai-se a conclusão de que o constituinte reconheceu que as estruturas públicas poderiam ser insuficientes para acolher toda a demanda do SUS [Sistema Único de Saúde] e admitiu que o Poder Público pudesse complementar a sua rede própria com serviços privados contratados ou conveniados”, complementou o procurador-geral de Justiça.

Hospital está com 40% das obras concluídas

Lançado em fevereiro de 2023 e já com mais de 40% das obras concluídas, o Cora terá 148 leitos, capacidade para atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantojuvenil; serviços de diagnóstico; salas para infusão de medicamentos; centros de reabilitação e quimioterapia; serviços de apoio e pronto atendimento com funcionamento 24 horas; além de leitos de UTI, entre outros espaços. Terá área construída de 44,7 mil metros quadrados e está dividido em três etapas.

A ala infantil compreende 48 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e de infusão quimioterápica. A estrutura hospitalar também prevê espaço de lazer e acomodações para as famílias, com objetivo de assegurar excelência na humanização dos atendimentos.

 

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