
Médico é suspeito de injúria racial ao filmar homem negro preso com correntes e algema| Foto: Reprodução
Próprio médico postou nas redes sociais imagens em que homem aprece com os pés acorrentados, as mãos algemadas e o pescoço preso por um ferro
O vídeo de um médico viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (16/2) por mostrar um homem negro preso com correntes e algemado. O rapaz que aparece nas imagens é funcionário do autor do vídeo e está com os pés acorrentados, as mãos algemadas e o pescoço preso por um ferro.
Nas cenas, o médico Márcio Antônio Souza Junior, da cidade de Goiás, diz: “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala”, enquanto filmava o funcionário negro. (Clique aqui e assista)
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O vídeo foi divulgado na terça-feira (15/2) pelo próprio profissional de saúde, foi alvo de várias denúncias e agora está sendo investigado pela Polícia Civil, que apura se tudo não passou de “uma brincadeira de mau gosto ou de uma possível prática de constrangimento ilegal ou injúria racial”.
Tanto a vítima, quanto o autor do vídeo, foram chamados na delegacia e deverão prestar depoimentos sobre o caso.
No entanto, após a repercussão, um novo vídeo foi gravado e divulgado pelo médico para “esclarecer” que o caso não se tratava de “escravidão”. (Clique aqui e assista) Nas imagens, o médico aparece ao lado do funcionário e diz: “E ai, camarão. O povo está enchendo o saco. O que você acha disso?”.
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Em seguida, o rapaz responde: “O povo tem é que trabalhar. A vida melhor que Deus deu para o homem foi trabalhar, moçada.”
O profissional da saúde conclui: “Aqui é tranquilidade, paz. Não tem nada de escravidão. Quem não queria uma vida dessa”.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, mesmo o funcionário alegando que a situação era uma brincadeira, o médico poderá pegar até cinco anos de prisão por eventual constrangimento ou injúria.