Estados / Goiás / Eleições 2026 / Governador: Daniel Vilela desponta como o nome mais competitivo, aponta Genial/Quaest

O cenário para a sucessão em Goiás em 2026 ganhou contornos mais definidos com a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que traz o vice-governador Daniel Vilela (MDB) em posição de destaque. Segundo o levantamento, ele lidera as intenções de voto com 26%, à frente do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que aparece com 22%.

A análise dos números foi feita pelo cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest. Para ele, o desempenho de Daniel chama atenção porque ocorre mesmo com o emedebista ainda sendo relativamente pouco conhecido do eleitorado. Esse fator indica, segundo Nunes, que o vice-governador possui um “piso alto” de competitividade e tende a crescer conforme se torne mais visível.

O mesmo não se pode dizer de Marconi Perillo. Apesar da larga experiência e da ampla exposição, o tucano esbarra em elevados índices de rejeição acumulados ao longo de quatro mandatos e por derrotas sucessivas. Em 2018, não conseguiu se eleger senador, mesmo em uma disputa com duas vagas. Quatro anos depois, em 2022, terminou atrás de Wilder Morais (PL), com apenas 19,8% dos votos. Para Nunes, esses resultados reforçam a percepção de que Marconi enfrenta um teto difícil de ultrapassar, agravado pela fragilidade atual do PSDB, que perdeu espaço em Goiás e no cenário nacional.

Outro ponto central da análise é o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Com 88% de aprovação, a maior entre governadores no país, Caiado se tornou um ativo estratégico para seu vice. A pesquisa mostra que 73% dos goianos desejam que ele faça o sucessor, o que fortalece diretamente Daniel Vilela, que deve assumir o comando do governo estadual em abril de 2026. Esse período à frente da máquina pública deve ser decisivo para consolidar sua imagem e ampliar sua vantagem na corrida pelo Palácio das Esmeraldas.

O levantamento da Quaest foi realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, em 52 municípios goianos, com 1.104 entrevistas presenciais. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.