Escolha do PSD sobre aliança será em 2022, segundo Meirelles, que elogia composição entre Caiado e Daniel Vilela – (foto: Léo Iram)
A entrevista do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), ao Jornal O Popular desta segunda-feira (1º) teve grande repercussão no contexto atual da política estadual, tanto pelas revelações quanto pela objetividade e franqueza com que respondeu às perguntas da jornalista Fabiana Pulcineli, algumas temperadas com pimentas curtidas no vinagre.
Pré-candidato ao Senado pelo seu partido, Meirelles reafirmou a simpatia pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), com extenso histórico de fatores como o de ter sido o primeiro a convidá-lo a entrar na política em Goiás, e disputar eleição de senador quando ainda estava na presidência mundial do Bank de Boston.
Porém, a decisão sobre com quem fará coligação, só deverá ocorrer em 2022. Ele prevê que o projeto da candidatura ao Senado chegará ao fim do ano com força suficiente para definir melhor a composição.
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Aliança Caiado – Daniel
Na entrevista, Henrique Meirelles avaliou que o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, tomou atitude acertada ao decidir compor aliança com o governador Ronaldo Caiado. Acredita que se Daniel tivesse apoiado a provável candidatura de Gustavo Mendanha no MDB, ele perderia o partido. Ao optar por compor aliança a vice na chapa com o democrata, Meirelles já antevê Daniel Vilela como candidato à sucessão do governado, em 2026.
Vanderlan não é candidato
Frisando ter como princípio trabalhar com foco e que só analisa fato concreto, Meirelles enfatizou que o senador Vanderlan Cardoso não será candidato ao governo, bem como que no acordo com o governador Ronaldo Caiado, para o retorno do PP ao governo estadual “não passou” por candidatura de Alexandre Baldy ao Senado, como chegou a ser especulado.
Sobre as especulações de que o senador poderia ser candidato ao governo, Meirelles se mostra convicto de que o correligionário não é será candidato. “Primeiro, o senador Vanderlan não é candidato, ele me disse isso claramente”, recordou. Lembrado de que o correligionário “tem histórico aí de mudar de ideias”, o ex-ministro reiterou a convicção de que o dono da Micos não disputará. “Tudo bem, mas para mim hoje ele garante que não é candidato”.
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Escolha do suplente
Questionado sobre quem poderá ser seu primeiro suplente – cargo que já vem sendo disputado por vários nomes -, Henrique Meirelles evitou entrar no assunto, mas traçou um rápido perfil – no qual o nome do presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, pode ser considerado como o que melhor veste o figurino entre todos os pretendentes – com base nas qualidades alinhavadas: “Precisa ser alguém qualificado politicamente e administrativamente”.
Vilmar Rocha foi deputado estadual e deputado federal por vários mandatos, e secretário da Casa Civil e de Cidades e Meio Ambiente, respectivamente nos dois últimos governos.
Baldy não é candidato, sua prioridade é reeleição de Bolsonaro
Sobre a suposta candidatura de Alexandre Baldy ao Senado, na chapa do governador Ronaldo Caiado, já que o PP retornou à equipe do governo com a nomeação de Joel Santana Braga – irmão de Alexandre – para a Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), Meirelles declarou que o acordo com o Caiado, neste caso, não envolveu a candidatura ao Senado.
“Foi um movimento dele de compor a administração, de colocar lá um irmão num trabalho de fortalecimento [de candidatura] a longo prazo”, pontuou.
Não está nas pesquisas por “razões conhecidas”
Segundo Meirelles, Alexandre Baldy “não está bem nas pesquisas, por razões conhecidas, alguns problemas que enfrentou”. Ainda de acordo com o atual secretário da Fazenda do governo João Dória (SP), a prioridade de Baldy em 2022 é trabalhar pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).