Como será o eclipse, em arte a partir das informações da Rede Omega Centauri para o Aprimoramento da Educação Científica. Arte GHZ
O início do primeiro eclípse lunar de 2021 poderá ser conferido no final da madrugada desta quarta-feira (26) no Rio Grande do Sul. Astrônomos e físicos ressaltam que o fenômeno será visto somente na fase inicial no território brasileiro porque ele ocorrerá próximo ao amanhecer.
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Em Porto Alegre e naRegião Metropolitana, por exemplo, a Lua estará quase na linha do horizonte — a apenas 15 graus de altura sobre a linha do horizonte Oeste-Sudoeste. O fenômeno ocorrerá durante a superlua, quando a lua cheia está próxima ao perigeu (ponto orbital mais próximo da Terra), também popularmente chamada de “Lua de Sangue”, porque o satélite fica completamente na sombra da Terra e adquire uma cor avermelhada.
Eclipse lunar, com a lua avermelhada, que ocorreu em janeiro de 2019. Gaston De Cardenas / AFP
De acordo com a Rede Omega Centauri para o Aprimoramento da Educação Científica, o eclipse começa às 6h45min, já com o clarear do dia bastante avançado. Em Porto Alegre, nesse horário, a Lua estará a tão somente quatro graus de altura, na direção do Lago Guaíba. A observação do eclipse será interrompida às 7h09min, no mesmo instante em que nasce o Sol.
As demais fases do eclipse, portanto, não poderão ser acompanhadas no Rio Grande do Sul. O início da totalidade será às 8h11min (com a Lua 12 graus abaixo do horizonte), o meio do eclipse às 8h19min (-13o graus), e o fim da totalidade, às 8h26min (-15o). A saída da sombra se dará às 9h52min (-28o), e o último contato com a penumbra às 10h50min (-34o), detalha o astrônomo Luiz Augusto L. da Silva.
A Austrália, a Nova Zelândia, entre outros lugares do planeta, deverão ser os pontos com a melhor chance para observação. Na América do Sul, os vizinhos Chile e Argentina também poderão captar boas imagens da Lua.
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Conforme o astrônomo, esse eclipse terá uma curta duração da fase total. O período em que todo o disco lunar fica dentro da sombra (ou umbra) terrestre será de apenas 15 minutos. Nos eclipses totais mais longos, a fase pode durar quase duas horas, como ocorreu, por exemplo, durante o eclipse lunar de 6 de julho de 1982. Naquela data, o fenômeno durou 106 minutos.
Depois desse eclipse lunar no final da madrugada de quarta, o próximo que estará ao alcance dos gaúchos ocorrerá em 19 de novembro. Será um eclipse parcial, porém profundo, com até 97,4% de encobrimento do raio lunar pela sombra da Terra.
