O anúncio foi feito em comunicado interno divulgado pelo banco na quarta-feira (3)
ao qual a reportagem teve acesso.
Segundo as regras do governo, a pessoa que tem emprego formal ou que tenha recebido rendimentos
tributáveis acima do teto de R$ 28.559,70 em 2018 de acordo com a declaração do Imposto de
Renda, não tem direito a receber o auxílio emergencial.
Também não têm direito aqueles que pertencem à família com renda superior a três salários
mínimos (R$ 3.135) ou cuja renda mensal por pessoa da família seja maior do que meio salário
mínimo (R$ 522,50) e que estejam recebendo seguro-desemprego, benefícios previdenciários ou
assistenciais ou benefícios de transferência de renda federal -com exceção do Bolsa Família.
No comunicado, o banco afirmou que o compromisso com a ética deve ser cultivado não somente nas
decisões do banco, mas também na vida profissional e pessoal.
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O Itaú tem mais de 96 mil funcionários.
“Satisfazer interesses particulares em detrimento do bem comum é inaceitável, uma vez que fere
os interesses gerais e coloca em risco a reputação do Itaú Unibanco”, disse o banco no
comunicado interno.Publicidade
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Os casos foram identificados como desvio de conduta.
“Somos todos guardiões da nossa reputação e, por isso, quando nos deparamos com um fato ou uma suspeita de violação de uma diretriz, uma lei, um regulamento ou uma norma, cabe-nos também comunicar o fato prontamente aos canais competentes”, dizia o comunicado.
Procurado, o Itaú afirmou por meio de nota que a ética é um valor fundamental e que seus
colaboradores são orientados e treinados de forma recorrente sobre o tema.
“Desta forma, ao identificar que alguns dos seus profissionais solicitaram o auxílio
emergencial disponibilizado pelo governo federal, o banco decidiu pelo desligamento desses
colaboradores.”
Questionado sobre como os pedidos pelos funcionários foram descobertos, o Itaú não respondeu.