Padre Robson foi alvo da Operação Vendilhões e estava sendo investigado desde 2020 | Foto: Reprodução
Por: Marcelo José de Sá – Editor-Presidente e Diretor-Geral do Site do jornal Espaço
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou definitivamente o processo contra o Padre Robson. Ele estava sendo acusado de desviar dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, enquanto era presidente. Agora, não há recursos pendentes e o religioso foi absolvido de todas as acusações.
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“Padre Robson, injustiçado como foi, agora absolvido, poderá finalmente continuar sua vida de evangelização, servindo à Igreja”, comemora seu advogado, Pedro Paulo de Medeiros.
Em outubro de 2020, o processo já havia sido interrompido pelo Tribunal de Justiça de Goiás após os desembargadores entenderem que não havia indícios que comprovassem a materialidade dos crimes apontados pelo Ministério Público de Goiás. O processo criminal foi trancado no Tribunal de Justiça e, posteriormente, o inquérito civil público também.
O MP-GO chegou a ingressar com um mandado de segurança no STJ, a ser analisado pela Corte Especial, na qual questiona a decisão da 6ª Turma em não admitir o recurso do MP. No último mês, a sexta turma do STJ já havia rejeitado um pedido do Ministério Público de Goiás solicitando a retomada das investigações.
“Portanto, mesmo que tenha havido trânsito em julgado no processo originário, ainda há esta ação para ser julgada”, diz a nota.
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Entenda o caso
O padre Robson estava sendo investigado pela Polícia Federal desde 2020 sob suspeita de que teria desviado cerca de R$ 100 milhões da Afipe. Ele era acusado de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa. De acordo com investigação, a maioria dos gastos das doações não tinham ligação com questões religiosas. O Ministério Público chegou a pedir pela prisão dele, mas o pedido foi negado. Em áudios divulgados em fevereiro do último ano, indicam corrupção de desembargadores e extorsão contra o religioso.
Pároco era investigado por usar dinheiro das entidades religiosas criadas por ele como seu, sem prestar contas nem se submeter às regras associativas