Nas instituições financeiras pesquisadas, a tarifa de saque realizada em terminal de autoatendimento variou de R$ 2,00 a R$ 12,00

No mesmo banco, mesmo serviço pode ter variação de até 475%, dependendo do canal de atendimento utilizado | Foto: Divulgação / Procon GO
As tarifas cobradas por agências bancárias em Goiânia têm variação de até 500%, segundo um levantamento realizado pelo Procon Goiás. O órgão fiscalizou oito instituições financeiras da capital e constatou que a maior variação encontrada foi na tarifa de saque, realizada no Terminal de Auto Atendimento.
A pesquisa apontou que a taxa variou entre R$ 2,00 e R$ 12,00 – diferença de 500%. Os valores das tarifas coletadas pelo Procon Goiás referem-se aos preços máximos praticados por cada banco.
“São valores cobrados quando o consumidor excede a quantidade de eventos disponíveis em seu pacote de serviço contratado, ou quando extrapola a quantidade de eventos gratuitos, considerados “serviços essenciais”, explicou o Procon Goiás.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de janeiro e 7 de fevereiro de 2022. Na ocasião, foram consultados os valores máximos cobrados nas tarifas de conta-corrente, poupança e de cartão de crédito estipulados na “Tabela Geral de Tarifas”, sendo 28 que incidem sobre a conta-corrente e poupança e outras 7 que são cobradas sobre o uso do cartão de crédito.
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Aumento de 2,5%
Considerando os preços das tarifas praticadas no último levantamento realizado pelo órgão (01/2021), as tarifas bancárias atuais registraram um aumento médio de 2,5%, abaixo da inflação oficial acumulada dos últimos 12 meses, medido pelo IPCA-IBGE, que ficou em 10,06%.
No entanto, individualmente, algumas tarifas tiveram aumento médio individual que chamou a atenção. É o caso, por exemplo, da tarifa de “saque” realizada nos CB – Correspondentes Bancários, que passou do preço médio de R$ 1,98, em janeiro de 2021, para R$ 2,34 – aumento médio de 18,33%.
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Confira as dicas do Procon
De acordo com o Procon Goiás, o cliente que deixar de utilizar os TAA (Terminais de Auto Atendimento), o conhecido caixa eletrônico, e optar pelo atendimento pessoal (funcionário), pode pagar bem mais caro.
“Podemos citar como exemplo, a tarifa cobrada por um banco, para o serviço de transferência entre contas na própria instituição. Enquanto a tarifa cobrada pelo serviço realizado nos TAA custa R$ 1,20, os guichês de atendimento pessoal cobram R$ 6,90, ou seja, aumento de 475%”, explicou.
O órgão lembra ainda que o valor das tarifas bancárias não é fixado pelo Banco Central do Brasil, nem pelo Conselho Monetário Nacional. Os valores são estabelecidos pela própria instituição financeira.
“As tarifas obedecem a uma padronização, ou seja, mesma nomenclatura em todos os bancos, o que facilita na hora de comparar os valores cobrados entre os bancos”.
Já o reajuste pode ser feito a cada período de 180 dias após a última atualização. No entanto, o consumidor deve ser previamente informado sobre os novos valores até 30 dias antes de sua vigência, em local e formato visível ao público, nas suas dependências e nas páginas da internet.
O Procon afirma ainda que os bancos ainda são obrigados a disponibilizar aos clientes, até o final de fevereiro de cada ano, um extrato consolidado informando, mês a mês, todas as tarifas e valores cobrados no ano anterior.

