segunda-feira - 20 - maio - 2024

Cidades / Goiânia / Meio Ambiente: Expedição liderada por vereadora de Goiânia conhece realidade do Rio Meia Ponte: ‘Situação muito crítica’

Expedição de caráter científico e educativo contou com participação de mais de 50 pessoas, com equipe que desceu o rio embarcada e outra que percorreu os bairros que margeiam o Meia Ponte // Fotos: Divulgação

 

Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do jornal Espaço

 

Grupo de pesquisadores navegou pelo rio em toda sua extensão no município de Goiânia, observando e coletando amostras da água, solo, vegetação e animais; relatório será entregue às autoridades

Após seis dias, chegou ao fim, na terça-feira (28/03), a 1ª Expedição Rio Meia Ponte. Desde o dia 22, um grupo de pesquisadores liderados pela vereadora Kátia Maria (PT) navegou pelo rio em toda sua extensão no município de Goiânia, observando e coletando amostras da água, solo, vegetação e animais. O objetivo é fazer o maior diagnóstico já feito sobre as condições do manancial.

A expedição contou com participação de mais de 50 pessoas, entre pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Instituto Federal de Goiás (IFG), técnicos da Saneago e do Centro de Zoonoses e equipes do Batalhão Ambiental e Corpo de Bombeiro. Além da equipe que desceu o rio embarcada, outra percorreu os bairros que margeiam o Meia Ponte, visitando escolas, feiras e moradores para levar ações de educação ambiental e despertar na população a consciência sobre a importância de preservar o manancial.

Durante os dias de expedição, os pesquisadores puderam observar uma série de irregularidades, como descarte de lixo e esgoto, erosões, assoreamento, extração irregular de areia, captação de água sem outorga e até mesmo mortandade de peixe devido à poluição e às péssimas condições da água.

“A situação é muito crítica e a olho nu já constatamos muitos problemas, mas os estudos em laboratórios trarão ainda mais dados para nossa pesquisa”, explicou Kátia Maria, coordenadora da expedição.

“Agora nosso trabalho será construir esse relatório, que chamamos de Carta das Águas do Meia Ponte, que dirá a verdadeira situação do rio e poderá nortear nós, legisladores, e os poderes executivo municipal e estadual para as ações que devem ser feitas na recuperação e conservação do Meia Ponte”, acrescentou a vereadora.

O relatório final será apresentado em junho, na Semana do Meio Ambiente, e encaminhado a todos os órgãos competentes.

“Mas também seguiremos com nossas ações de conscientização da população, de preservação e de denúncias de irregularidades. O Rio Meia Ponte é fundamental para a sobrevivência da população de Goiânia e da Região Metropolitana”, concluiu.

‘Projeto vai mudar a realidade do Meia Ponte’, afirma reitora da UFG

A Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte é a principal fornecedora de água para a Região Metropolitana de Goiânia, e o rio, em específico, é responsável por pelo menos 50% da água que chega para a população goianiense.

“O Rio Meia Ponte é lindo e ainda conta com muitas áreas preservadas, principalmente no começo da extensão dele por Goiânia. Nosso relatório vai apontar isso também, mas precisamos dar destaque no que está errado porque é onde precisamos dar uma atenção a mais”, ressalta Kátia.

Presente no encerramento da expedição, a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, também comemorou a conclusão da primeira fase dos estudos.

“Esse projeto vai mudar a realidade do Meia Ponte e pode servir de modelo para a recuperação e preservação de outros rios e até para outros municípios e Estados”, afirmou.

“Esse estudo aponta a degradação, os problemas, mas também apontará as soluções que devem ser tomadas”, complementou Angelita.

A expedição não teve caráter fiscalizatório e sim científico e educativo, mas todas as irregularidades constatadas serão encaminhadas aos órgãos competentes para que as medidas punitivas sejam tomadas.

“Queremos que as pessoas amem o rio, que abracem o Meia Ponte, mas infelizmente precisamos também educar na dor e as punições são necessárias e iremos cobrar que sejam aplicadas”, finaliza Kátia Maria.

 

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