
Presidente do Sindicoletivo chegou a ser preso, segundo sindicato Foto: Reprodução
Por Jessica Veloso
Os motoristas do Eixo Anhanguera decidiram paralisar as atividades nesta terça-feira, 11/05. Dos 90 ônibus da Metrobus que operam na linha, apenas 11 estavam rodando na manhã de hoje. Segundo a empresa, apenas 20% da frota estava nas ruas.
A greve dos trabalhadores deu início durante a madrugada. Os motoristas reivindicam a vacinação contra a Covid-19 e o reajuste salarial. Isso porque, segundo eles, muitos trabalhadores já foram contaminados pela doença devido a exposição do grupo.
O sindicato aponta que pelo menos 42 motoristas morreram em decorrência da Covid-19. Além disso, 450 teriam se contaminado com o coronavírus.
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“Esses números não contam os familiares dos trabalhadores, então o número é bem maior”, aponta Fernando Naves, diretor do Sindicoletivo. “O governador justificou a vacinação de policiais pela morte de 5% do efetivo. O índice entre os motoristas é acima de 8%”, justifica e exige imunização para a categoria.
Na noite desta segunda-feira, 10/05, a Justiça chegou a emitir uma decisão que considera a greve abusiva, no entanto, representantes do movimento decidiram dar andamento na paralisação. No documento, o desembargador Mário Sérgio Bottazzo prevê ainda que seja aplicada multa de R$ 10 mil por dia “à entidade sindical requerida, em caso de descumprimento da determinação”.
No entanto, o advogado Nabson Santana, que representa os motoristas, informou que a categoria não havia sido oficialmente notificada da decisão.
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Ainda segundo o SindColetivo, o presidente Sérgio Reis foi preso no início da manifestação. A assessoria do sindicato disse que ele foi preso por “desobediência e desacato”.
Em vídeo divulgado, Fernando Naves afirma que o representante do sindicato foi preso “ilegalmente”. “Estava defendendo o trabalhador, que está defendendo seu pão e que tem o salário divido em três vezes”, disse ele.
Esta não é a primeira vez que a categoria decide não operar. Em abril o grupo também se reuniu e em frente a garagem da Metrobus para reivindicar as mesmas solicitações. Em nota, a empresa informou que as demais linhas funcionam normalmente e que “trabalha para que a operação seja normalizada o mais rápido possível”.
															
