André Luis Rosa lembrou que o Ministério Público e o Poder Judiciário não acataram pedido do delegado para seu afastamento das funções públicas por considerarem insuficientes as alegações apresentadas

André Luis Rosa, secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia: investigação se arrasta há mais de um ano sem apresentar nenhum fato novo // Foto: Arquivo
Um dos alvos de mandado de busca e apreensão da 2ª fase da Operação Falso Positivo, deflagrada na manhã desta quinta-feira (4/11) pela Polícia Civil para apurar supostas irregularidades na prestação de serviços da organização social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, o secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, André Luis Rosa, divulgou uma nota à imprensa em que rebate as suspeitas levantadas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), de direcionamento da contratação, pelo IBGH, de um laboratório que realiza exames para pacientes da unidade hospitalar. O delegado adjunto Alexandre Otaviano Nogueira levanta suspeitas de que a esposa de André Luis seria sócia oculta de um laboratório que presta serviço para o IBGH.
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Na nota, o secretário afirma que ele e sua esposa sempre estiveram à disposição das autoridades competentes e pede que a Polícia Civil esclareça o mais rápido possível o fato que vem sendo investigado desde as vésperas das eleições de 2020, “sem apresentar nada de novo neste momento”. Segundo ele, “não há nada de ilícito”.
Ele também esclarece que o Ministério Público e o Poder Judiciário não acataram pedido da Polícia Civil pelo meu afastamento das funções públicas por considerarem insuficientes as alegações apresentadas “por uma investigação que se arrasta há mais de um ano sem apresentar nenhum fato novo”, o que, segundo ele, “demostra o quanto essa operação policial é temerária”.
“Como cidadão solicito publicamente as instituições que prezam pelo Estado Democrático de Direito que acompanhem de perto esta investigação policial porque da minha parte não devo, nem temo nada, mas como pai e esposo fico profundamente entristecido com o cumprimento de mandados de busca e apreensão sem necessidade nenhuma porque sempre estive à disposição das autoridades e mais do que ninguém desejo que os fatos sejam esclarecidos”, diz trecho da nota, que reproduzimos na íntegra logo abaixo.
‘Lamento a utilização política das instituições que deveriam preservar o Estado Democrático de Direito’
Veja a íntegra da nota em que o secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, André Luis Rosa, rebate as suspeitas levantadas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), de irregularidades em contrato de gestão do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia pela organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH).
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NOTA À IMPRENSA
Em relação aos fatos apresentados pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 4 de novembro de 2021, envolvendo meu nome e da minha esposa esclareço que sempre estive à disposição das autoridades competentes.
Desejo que a Polícia Civil esclareça o mais rápido possível o fato que ela tem investigado, desde as vésperas das eleições de 2020, sem apresentar nada de novo neste momento. Até porque não há nada de ilícito.
Estou secretário da Fazenda de Aparecida, função que tenho exercido com zelo à coisa pública, desde o início do primeiro mandato do atual prefeito, e antes, na gestão anterior estava à frente da Secretaria de Controle Interno.
Portanto, tenho pautado minha conduta na gestão pública pelos princípios constitucionais da administração pública e, sobretudo, pelo interesse público.
Como cidadão solicito publicamente as instituições que prezam pelo Estado Democrático de Direito que acompanhem de perto esta investigação policial porquê da minha parte não devo, nem temo nada, mas como pai e esposo fico profundamente entristecido com o cumprimento de mandados de busca e apreensão sem necessidade nenhuma porque sempre estive à disposição das autoridades e mais do que ninguém desejo que os fatos sejam esclarecidos.
Diante da omissão da autoridade policial em coletiva de imprensa, venho a público dizer que o Ministério Público e o Poder Judiciário não acataram pedido da Polícia Civil pelo meu afastamento das funções públicas por considerarem insuficientes as alegações apresentadas por uma investigação que se arrasta há mais de um ano sem apresentar nenhum fato novo. O que demostra o quanto essa operação policial é temerária.
Ressalto, mais uma vez, que sigo sempre à disposição das autoridades competentes para prestar esclarecimentos e lamento profundamente a utilização política das instituições que deveriam preservar o Estado Democrático de Direito.
André Luís Rosa/Secretário da Fazenda da Prefeitura de Aparecida