No município, 50% dos casos positivos para o coronavírus passam pelo sequenciamento genômico. Análise conseguiu identificar dois casos da variante ômicron no município neste final de semana
Erika Lopes, diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS de Aparecida de Goiânia Foto: Rodrigo Estrela
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia têm se tornado referencia no monitoramento da Covid-19 no município após implantar o Programa de Genômica que se tornou o maior do Brasil. E foi através deste projeto que neste domingo o município conseguiu identificar dois casos da variante ômicron na cidade, esses são os primeiros do Estado.
Trata-se de duas mulheres da mesma família, uma tem 46 anos de idade e a outra tem 20, residentes nos bairros Santa Luzia e Chácaras Bela Vista. A prefeitura suspeita de que ambas foram contaminadas por um casal de missionários que vieram de Luanda, Angola, em 3 de dezembro e cumpriram uma agenda de eventos religiosos em várias cidades do país.
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Um deles foi em Goiânia, ocasião em que as mulheres estiveram presentes. Elas estão em isolamento, passam bem, apresentam sintomas leves e estão sendo monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde. Agora, a prefeitura está trabalhando para mapear todos os participantes do evento evangélico e realizar uma testagem especial com cada um deles.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a descoberta só foi possível porque 50% dos casos positivos para o coronavírus passam pelo sequenciamento genômico que permite saber qual variante acarretou a infecção.
A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS de Aparecida, Erika Lopes, explica que o monitoramento é importante para conhecer o padrão de dispersão e de evolução do vírus.
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“Ele faz a análise completa do genoma desse vírus e nos diz quais são as mutações e deleções que eles carregam. A partir dessas informações, das características do vírus com o cenário epidemiológico, com a evolução da doença dos pacientes, a gente consegue fazer a correlação, se essas variantes têm capacidade de causar algum impacto nesse cenário epidemiológico”.
Ainda de acordo com ela, a ômicrom requer muita atenção porque carrega bastante mutações, são cerca de 50 mutações. “Uma variante que carrega tantas mutações pode ser diferente desses vírus iniciais que foram responsáveis pelos primeiros casos da Covid-19 e a gente não sabe como nosso organismo pode reagir a essa nova variante, se há imunidade seja ela natural acusadas por infecções anteriores ou induzida pelas vacinas e ela vai ser capaz de gerar uma resposta anticórpica eficaz capaz de combater a infecção”, ponderou.