Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Foto: Jhonney Macena
Por Polliana Martins
Profissionais de Saúde, familiares e cuidadores debatem como melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes autistas
Para destacar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Prefeitura de Aparecida promove nesta terça-feira, 2 de abril, o seminário “Valorize as capacidades e respeite os limites! ” O encontro começou às 7h30 e segue até as 16h na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), no Residencial Village Garavelo. No evento, profissionais da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), familiares e cuidadores de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) debatem os direitos das crianças com autismo, a importância do diagnóstico precoce e o cenário da educação inclusiva em Aparecida de Goiânia, dentre outros temas.
A solenidade de abertura contou com a presença da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Sulnara Santana, da secretária de Educação, Idelma Oliveira, além dos vereadores Camila Rosa e Diony Nery, bem como de gestores de outras secretarias municipais.
Combate ao preconceito
Representando o prefeito Vilmar Mariano, Sulnara abriu o seminário destacando a importância de um debate amplo e permanente para combater estigmas e preconceitos e falou sobre a experiência de ser avó de uma criança autista. “Eventos como esse me deixam muito feliz, como gestora pública e cidadã. Essa é uma causa justa que precisa da ajuda de todas as pessoas. Eu e Vilmar estamos engajados nessa luta pela inclusão plena dos autistas na sociedade e por uma assistência qualificada aos pacientes e às famílias deles em Aparecida.”
O superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, representou o secretário da pasta, Alessandro Magalhães. Ele agradeceu o empenho e o envolvimento da Prefeitura nos avanços na Saúde Municipal e exaltou os profissionais do setor: “Vocês são muito dedicados. Nossa rede de Saúde Mental é grande, robusta, é referência no Estado e crescerá ainda mais com as novas unidades que serão entregues à população e com a permanente qualificação dos nossos trabalhadores. Falar do TEA comove muito a gente, é duro ouvir as histórias de preconceito e de falta de compreensão da sociedade, é mais um desafio para todos nós. ”
Nesse sentido, a coordenadora de Saúde Mental, Eurides Santos Pinho, reforçou a necessidade de se desconstruir preconceitos e informar a população devidamente: “A informação também estimula as pessoas a buscar ajuda na rede de Saúde. Trabalhamos para sensibilizar a sociedade sobre o autismo em seus diversos contextos e para aprimorar a assistência prestada, daí a importância de termos dois momentos neste seminário, um para o debate técnico e multidisciplinar com os profissionais, e, à tarde, para trocar experiências e orientar familiares e cuidadores de autistas.”
Após o café da manhã e a solenidade de abertura do seminário, foi iniciada uma série de palestras. A primeira, apresentando o panorama do TEA no Brasil, foi ministrado pela neuropediatra Jeania Christielis Damasceno de Souza. Depois, a neuropsicopedagoga Karla Niana Monteiro Rezende falou sobre o “Processo Ensino Aprendizagem no autismo: potencialidades e fragilidades”.
Temas de impacto
Jeania Damasceno disse que o autismo “é um tema impactante e os profissionais da Saúde e da Educação têm que falar a mesma língua para avançar na mudança social necessária”. Ela falou da amplitude e da diversidade do TEA, citou características definidoras, questões biológicas e sociais, a investigação dos sintomas precoces e informou que existem, aproximadamente, 2,7 milhões de indivíduos com autismo no Brasil, cerca de 1% da população. Ela ainda enfatizou, dirigindo-se aos trabalhadores no auditório: “O profissional da Atenção Primária em Saúde é o primeiro contato da população na rede e deve estar atento ao desenvolvimento atípico para encaminhamento adequado dos casos suspeitos de autismo”.
Em seguida, a psicóloga Priscila Gonçalves Aquino tratou do tema “Valorize as capacidades e respeite os limites da criança autista”, e a neuropsicóloga Francielle Rodrigues abordou o mesmo assunto, só que direcionado para os adolescentes e adultos autistas. Logo depois, foi a vez do usuário do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSi Alegria), Kened Guedes Lisboa, fazer o relato “Minhas capacidades e meus limites”. Antes do encerramento, houve ainda uma discussão sobre os assuntos tratados no evento com a mediação da neuropsicóloga Aline de Oliveira Silva.
Já no período da tarde, a programação do seminário será voltada para os familiares e cuidadores de crianças e adolescentes com TEA.
Caminhada e Inauguração da Clínica TEIA
O seminário fez parte da programação da Prefeitura para o Mês de Conscientização do Autismo, o Abril Azul. Nesta quinta-feira, 4 de abril, a mobilização será na tradicional Caminhada de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), às 9h, no Parque da Família, em frente ao Aparecida Shopping. Promovido pelo CAPSi Alegria, o evento também conta com uma Feira de Economia Solidária, além da realização de práticas integrativas e oficinas terapêuticas.
Já na sexta-feira, 5 de abril, às 9h, na Rua São Miguel, no Jardim Nova Era, será inaugurada a Clínica Teia, a maior unidade pública de Goiás especializada no atendimento precoce de crianças com autismo. A solenidade vai reunir o prefeito Vilmar Mariano, o senador Jorge Kajuru e outras autoridades.
A Clínica Teia é fruto de convênio da Prefeitura de Aparecida com a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir). No local, serão atendidas crianças de 1 a 6 anos de idade que tenham o diagnóstico de TEA.
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