Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Brasília Foto: Marcello Casal Jr, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 24/08, uma operação que apura um esquema de corrupção e tráfico de influência por parte dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Segundo a polícia, a suspeita é de que a empresa Aurora da Amazônia Terminais e Serviços teria pagado propina para os servidores do DNIT para conseguir vantagens e auxílio para enfrentar problemas na fase de habilitação com relação ao terreno para a construção do Porto Seco de Anápolis.
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A empresa venceu a licitação promovida pela Receita Federal para exploração do local, mas enfrentava problemas. Para tentar solucionar as dificuldades, a operadora pagava propina para conseguir comprar um terreno com valor abaixo do mercado.
A informação é de que um lote estimado em R$ 44 milhões foi comprado por R$ 11 milhões.
A operação foi deflagrada em Goiás, São Paulo, Tocantins e no Distrito Federal. A polícia cumpriu 14 mandados de busca e apreensão.
Ainda de acordo com a PF, os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa.
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Diretor afastado
Entre um dos investigados no esquema é o diretor do DNIT, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas. Ainda nesta terça-feira a Justiça mandou afastá-lo do cargo. A suspeita é de que ele recebia no DNIT lobistas que tentavam favorecer a empresa Aurora.
Por meio das redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que a pasta ajudou na investigação.