Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Esta mina é a única unidade da Lundin no Brasil, que também possui operações no Chile, Estados Unidos e projetos de pesquisa na Argentina
Mineradora na cidade Alto Horizonte Yamana Gold produção de cobre. Foto: Wildes Barbosa/O Popular
A mineradora canadense Lundin Mining revelou que pretende investir 100 milhões de dólares na sua mina em Alto Horizonte, no norte de Goiás, até o final de 2025. O foco desse investimento é assegurar a continuidade da produção de cobre e ouro na região, além de expandir as reservas atuais por meio da identificação de novos depósitos minerais, em resposta ao crescente apetite global por minérios devido à transição energética.
Esta mina é a única unidade da Lundin no Brasil, que também possui operações no Chile, Estados Unidos e projetos de pesquisa na Argentina. A companhia planeja destinar, em 2025, US$ 530 milhões para investimentos sustentáveis e US$ 205 milhões para projetos de expansão em todas as suas operações globais. Em junho deste ano, a mineradora anunciou sua intenção de se tornar uma das dez maiores empresas do mundo na produção de cobre e ouro.
Situada a 300 quilômetros de Goiânia e a apenas 6 quilômetros de Alto Horizonte, a mina opera em sistema de céu aberto, com capacidade para processar 24 milhões de toneladas de minério anualmente, resultando em 43 mil toneladas de cobre por ano. Desde a aquisição das operações da Yamana Gold em 2019, a Lundin Mining emprega 1.200 trabalhadores diretos e mais 1.000 terceirizados, residentes em Alto Horizonte e nas cidades vizinhas de Campinorte e Uruaçu.
Cleiber Moreira Rezende, diretor de Operações da Lundin Mining no Brasil, explicou que a empresa utiliza caminhões com capacidade entre 100 e 320 toneladas para a extração de cobre e ouro. “O complexo é composto por várias cavas, conhecidas como ‘pits’, cada uma operando com diferentes qualidades de minério. Misturamos esses minérios para alimentar nossa planta de beneficiamento, que se localiza próxima às minas”, detalhou.
Rezende destacou que os minérios são comercializados na Europa, onde as metalúrgicas dispõem de tecnologias mais competitivas e adequadas ao mercado. “Essa indústria movimenta uma parte significativa da economia local”, ressaltou. Ele também mencionou que os investimentos de 2025 estarão voltados para a manutenção das operações atuais e para pesquisa e desenvolvimento, assegurando o crescimento da mina e a sua sustentabilidade na região.
Sobre a expansão das reservas, Rezende enfatizou a importância da pesquisa para a identificação de novos depósitos minerais, imprescindível para a continuidade das operações na região. Ele acredita que, além da descoberta de novos corpos mineralizados, os investimentos também permitirão melhorias tecnológicas que aumentarão a eficiência da planta e reduzirão as emissões de carbono.
Atualmente, a mina está prevista para operar até 2051, mas Rezende vê potencial para estender esse prazo, graças às pesquisas em andamento. “Nosso objetivo é manter a produção de 43 mil toneladas anualmente de forma sustentável, e as pesquisas são fundamentais para isso”, afirmou. Ele observou que o cobre se tornou um metal crítico na transição energética global, o que impulsiona sua valorização no mercado.
Analistas do setor indicam que a demanda por cobre deverá aumentar, o que já está se confirmando. “Continuaremos a operar de maneira sustentável, contribuindo para a transição energética mundial. O Brasil está se destacando com uma produção crescente”, destacou. Isso torna a operação em Goiás uma parte estratégica para a empresa, que vem se destacando em desempenho.
Embora a Lundin tenha uma equipe interna de pesquisa, outras atividades, como geofísica, serão realizadas por empresas especializadas contratadas para realizar os levantamentos necessários. “As perspectivas são positivas para a continuidade da mina”, reforçou o diretor de Operações.
Na última semana de junho, o Conselho da mineradora, junto com o CEO Ediney Drummond e sua equipe executiva, visitou Alto Horizonte para acompanhar os avanços na operação. Essa visita faz parte das comemorações pelos seis anos da empresa no Brasil e reforça o interesse crescente na unidade como um ponto estratégico para a posição da Lundin Mining no cenário global.
Ediney Drummond, diretor presidente da Lundin Mining Brasil e vice-presidente do Conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), anunciou planos de investimento em exploração mineral nas áreas adjacentes à mina, visando ampliar o portfólio de cobre da empresa. Ele também mencionou que a produção de 43.261 toneladas de cobre em 2024 teve um impacto significativo no desempenho global da empresa, que alcançou recordes históricos.
Entre as iniciativas para o Brasil, está o Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico para Alto Horizonte e Nova Iguaçu de Goiás, que prevê investimentos de R$ 5 milhões até 2025. O plano inclui ações para fortalecer as comunidades locais, promover o desenvolvimento rural, diversificação econômica e apoio a projetos que gerem emprego e renda, além de capacitações e patrocínios culturais e esportivos.
Outra ação importante é a parceria com uma empresa líder do setor para o fornecimento de energia 100% renovável às operações, iniciada este ano, que deverá evitar a emissão de 150 mil toneladas de CO2 até 2034. A meta da Lundin Mining é reduzir em 35% as emissões absolutas de gases de efeito estufa até 2030, com base nos dados de 2019. A empresa também afirmou que não será afetada pelo aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pois não vende seus minérios no mercado americano.
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