Ronaldo Caiado, nas redes sociais, após encontro com o ministro Eduardo Pazuello: “Minha gente, não é hora pra politicagem. É hora de salvar vidas”
Governador volta a dizer que o plano de imunização é nacional e as vacinas serão distribuídas para a população com os critérios definidos pelo Ministério da Saúde. “Toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada no País, será requisitada, centralizada e distribuída aos Estados pelo Ministério da Saúde”, afirmou Caiado após encontro com o ministro da Saúde, em Goiânia
Em pé de guerra com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou vacinação no estado a partir do final de janeiro e já começou a produzir a vacina contra o coronavírus, o governador Ronaldo Caiado se tornou uma espécie de porta-voz informal do governo federal para assuntos de saúde, diante do vácuo na esfera federal nesse momento crucial da pandemia. Depois da reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com governadores, na terça-feira (8/12), para acalmar os ânimos após o anúncio da vacina de Doria, Caiado saiu em defesa de um Programa Nacional de Imunização, que, a rigor, sequer existe. Indignado com a romaria de governadores e prefeitos, inclusive de seu partido, DEM, atrás da vacina de São Paulo, Caiado atacou publicamente João Doria, classificando a atitude do governador paulista como mesquinha e desrespeitosa, entre outras palavras nada elogiosas.
Nesta sexta-feira (11/12), após participar da entrega do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, em Goiânia, com presença de Pazuello, Caiado novamente saiu em defesa de um programa nacional de imunização e deu a entender que o Governo federal pode confiscar todas as vacinas contra o coronavírus. A medida evitaria a “guerra” entre estados pela vacina e possibilitaria uma divisão equânime das preciosas doses. Em entrevistas e pelas redes sociais, Caiado afirmou que o ministro Pazuello disse a ele que vai editar uma Medida Provisória para que todas as vacinas importadas ou produzidas no país sejam “requisitadas” pelo governo federal.
“Toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada no País será requisitada, centralizada e distribuída aos Estados pelo Ministério da Saúde. Pazuello me informou isso aqui em Goiânia, hoje. Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid”, escreveu Caiado.