sábado - 06 - setembro - 2025

Brasília / Senado Federal / Eleição e Posse: Após empossar os 27 novos senadores, Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco: “Acontecimentos como os ocorridos aqui nesse Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não podem e não vão se repetir” // Foto: Roque de Sá-Agência Senado

Com apoio da base do presidente Lula, senador do PSD-MG derrotou candidato bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN):”Pacificação é não se calar diante de atos antidemocráticos”, declara Pacheco em discurso após vitória

 

Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do jornal Espaço

 

Após empossar os 27 novos senadores do Brasil na quarta-feira (01/02), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em votação secreta, foi reeleito presidente do Senado Federal, cargo que ocupará por mais dois anos. Ele obteve 49 votos, contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN). Pacheco iniciou seu mandato no Senado em 2019 e foi eleito presidente da Casa pela primeira vez em 2021.

O resultado final ficou dentro do placar estimado pelos apoiadores de Pacheco, que chegaram a reduzir a perspectiva da margem no último dia de campanha, após Marinho ter intensificado sua campanha com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua mulher Michelle Bolsonaro, que marcou presença no Senado para pedir votos para o candidato do marido.

O presidente reeleito obteve forte apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que entrou na disputa negociando cargos e acordos para aumentar o placar.

Até o último minuto, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), articulou ao lado de Davi Alcolumbre (União-AP) para garantir a vitória do senador mineiro.

Em um aceno à direita, que cresceu na casa na última eleição, Pacheco sinalizou com a possibilidade de deixar avançar pautas que limitem os poderes do STF. Os aliados de Marinho defendem o impeachment de ministros como Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas Pacheco nunca deu prosseguimento aos pedidos.

“Se há problema em relação a decisões monocráticas, legislaremos quanto a isso. Se há problema nos pedidos de vistas no STF, legislaremos a isso. Se há problema de competência do STF, legislaremos quanto a isso”, afirmou o presidente.

“Acontecimentos como os ocorridos aqui nesse Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 não podem e não vão se repetir. Os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente”, enfatizou Pacheco em trecho do discurso após vitória.

O candidato derrotado, Rogério Marinho, recebeu forte apoio de integrantes da extrema direita como Damares Alves (Republicanos-DF), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (União-PR).

Marinho fez menções às críticas dos bolsonaristas às decisões do STF e do TSE contra ataques ao Estado Democrático de Direito e a desinformação.

Bolsonaristas afetados por decisões, como exclusão de perfis nas redes sociais, costumam afirmar que se trata de “censura”, algo desmentido por grande parte da comunidade jurídica.

Os demais membros da Mesa Diretora e das comissões do Senado serão definidos nesta quinta-feira (02/02).

 

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