Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Em junho, o Exército recebeu 2 bloqueadores de mão SCJ200M como parte das tentativas de fortalecimento da capacidade operacional das Forças Armadas Brasileiras
Militar do 1º Batalhão de Guerra Eletrônica do Exército Brasileiro testa equipamento de interferência contra drones em operação de simulação. Foto: Divulgação/Exército
As Forças Armadas Brasileiras estão correndo contra o tempo para conseguir se adequar à nova realidade de defesa mundial, que envolve a guerra dos drones tradicionais e até mesmo drones invisíveis.
Com nome oficial de Aeronaves Remotamente Pilotadas (Sarps), os drones estão ganhando protagonismo nos conflitos armados como entre Ucrânia e Rússia e já matam mais do que metralhadoras, morteiros, tanques e obuses.
Em junho, o Exército recebeu 2 bloqueadores de mão SCJ200M como parte das tentativas de fortalecimento da capacidade operacional das Forças Armadas Brasileiras.
Conforme noticiado pelo portal Revista Sociedade Militar, no mesmo mês o Exército recebeu seu novo sistema antidrones SCE 0100, projetado para neutralizar drones por bloqueio de radiofrequência (jamming).
Como são os bloqueadores de mão SCJ2000M recebidos pelo Exército?
Os bloqueadores de mão SCJ2000M adquiridos pelas Forças Armadas Brasileiras são compactos, leves, de fácil manuseio e de alta eficiência e têm o objetivo de proteger a tropa contra drones, especialmente em baixa altitude.
Na prática, os equipamentos provocam interferência eletromagnética nas aeronaves remotamente pilotadas, fazendo com que percam o sinal com os operadores.
Segundo o Exército, os militares receberam capacitação para operar os bloqueadores de mão SCJ2000M entre os dias 16 e 18 de junho, em Brasília.
Ainda de acordo com a Força Terrestre, os equipamentos possibilitam atuação precisa contra diferentes modelos de aeronaves remotamente pilotadas, inclusive fora dos padrões comerciais.
No entanto, existem hoje tipos de drones que passam completamente despercebidos de radares e chegam até mesmo a ser confundidos com pássaros: as chamadas pequenas aeronaves remotamente pilotadas (APRs). Chamaremos elas aqui de drones invisíveis.
Pesquisadores da Marinha desenvolvem tecnologia para identificar drones invisíveis
Assim como o Exército, a Marinha admite que também está investindo na identificação de oportunidades para usar drones para fins militares.
E justamente para conseguir identificar com precisão drones invisíveis, pesquisadores do Centro de Instrução Almirante Alexandrino desenvolveram uma técnica inovadora. A informação foi divulgada pela Marinha no dia 30 de julho.
A pesquisa investiga o uso do efeito microdoppler em radares, a fim de diferenciar drones invisíveis de aves.
De acordo com professor-doutor Guilherme Ribeiro Colen, a técnica é fundamental porque as pás rotativas dos drones geram padrão microdoppler diferente do batimento das asas de um pássaro, o que permite classificação precisa e confiável do tipo de alvo detectado por radar.
Para o Capitão-Tenente Sathler, mestre em Engenharia de Telecomunicações, o estudo contribui para a segurança e a defesa nacional diante do crescente uso de drones em atividades ilícitas e também ofensivas contra instalações e organizações militares.
No ano passado, por exemplo, o Exército foi espionado por drones perto da fronteira com o Suriname.
“A capacidade de diferenciar rapidamente drones de aves por meio de tecnologia de radar é crucial para evitar alertas falsos e permitir uma resposta ágil e eficaz a ameaças reais, otimizando recursos e garantindo a integridade de operações sensíveis”.
Revista Sociedade Militar
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