sexta-feira - 11 - julho - 2025

Brasil / Energia Elétrica / Críse Hidrica: Escassez hídrica Conta de luz: ‘Vou determinar que volte à bandeira normal a partir do mês que vem’, diz Bolsonaro

Conta de luz: 'Vou determinar que volte à bandeira normal a partir do mês que vem', diz Bolsonaro

Declaração foi dada por Jair Bolsonaro durante evento evangélico em Brasília, na noite desta quinta-feira // Foto: Reprodução/Youtube

Em agosto, o Governo criou uma nova bandeira tarifária na conta de energia elétrica. A taxa extra passou a ser de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora consumidos e entrou em vigor a partir de setembro, com vigência até abril do ano que vem

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na noite desta quinta-feira (14/10) que determinará ao Ministério de Minas e Energia que altere a bandeira tarifária de energia elétrica para rebaixá-la a um valor menor a partir do mês que vem. A declaração foi feita durante discurso na Conferência Global Millenium, um evento que reúne igrejas evangélicas.

“Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento [Albuquerque], das Minas e Energia, a decretar a bandeira vermelha. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou determinar que ele volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, disse o presidente, sem entrar em detalhes sobre qual seria a redução pretendida.

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O país enfrenta a maior crise hídrica em 91 anos, o que tem afetado os reservatórios das usinas hidrelétricas. Neste cenário, o custo de energia aumenta porque é preciso acionar as usinas termoelétricas, que são mais caras. Especialistas afirmam que faltou planejamento ao Governo, já que os reservatórios são monitorados e fornecem indicadores preciosos.

Em agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária na conta de luz, chamada de bandeira de escassez hídrica. A taxa extra passou a ser de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos e entrou em vigor a partir do dia 1º setembro, permanecendo vigente até abril do ano que vem.

Criada em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica e é dividida em níveis. Elas indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre nenhum acréscimo.

A bandeira amarela significa que as condições de geração de energia não estão favoráveis e a conta sofre acréscimo de R$ 1,874 por 100 kWh consumido.

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A bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período. A bandeira vermelha é dividida em dois patamares. No primeiro patamar, o valor adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 3,971 por 100 kWh; o patamar 2 aplica a razão de R$ 9,492 por 100 kWh.

Acima da bandeira vermelha, está a bandeira escassez hídrica, atualmente em vigor.

Mais cedo, o ministro Bento Albuquerque reiterou que o país não corre risco de racionamento de energia devido à grave crise hídrica. Segundo ele, desde o ano passado o governo tem monitorado a situação e tomado as medidas necessárias para garantir o abastecimento de energia. A declaração foi feita durante a abertura da 40ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior 2021, promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil.

Fonte:  Portal Goiás Notícias com Agência Brasil

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