
FOTO: (crédito: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
Ao todo, as dissidências ocorreram em 14 siglas que recomendaram a rejeição da proposta
Na sessão plenária em que a Câmara rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, na terça-feira (10/8), 113 deputados votaram em sentido oposto à orientação dos respectivos partidos — esse número representa 25% dos 448 parlamentares presentes. Ao todo, as dissidências ocorreram em 14 siglas que recomendaram a rejeição da proposta.
As que tiveram os maiores percentuais de votos contrários à orientação foram PSD (57%), PV (50%), PSDB (47%), DEM (46%) e MDB (45%). Em menor escala, Cidadania (38%), Solidariedade (36%), PSB (35%), PL (27%), Avante (25%), PDT (24%), Podemos (20%), PSL (11%) e Republicanos (9%).
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O PSDB, contrário à PEC, registrou 14 votos dissidentes. A orientação da sigla foi cumprida por 12 tucanos. Um outro se absteve — Aécio Neves (MG), também contrariando a legenda.
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), um dos que votaram em desacordo com a orientação do partido, afirmou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não precisaria levar a PEC ao plenário, já que a comissão especial havia rejeitado a proposta.
Segundo ele, a decisão de Lira acabou provocando, sem necessidade, ruídos dentro das legendas. O tucano também lamentou o fato de o PSDB ter mudado de posição em relação ao voto impresso.
“Eu, particularmente, votei favorável ao voto impresso em virtude de, desde 2014, eu já vir apoiando o debate interno no PSDB em relação ao voto auditável e não via por que nós mudarmos a posição neste momento, apesar de que eu confio no sistema eleitoral”, ressaltou.
“Concorri cinco eleições, perdi duas, ganhei três, mas não vejo problema em ampliarmos a condição de auditar, especificamente, quando se tem dúvida ou denúncia.”
Fonte: Correio Brasiliense / Blog Plantão de Notícias