domingo - 19 - maio - 2024

Brasil / Aumento: Botijão de gás fica mais caro em Goiás a partir de hoje (14/06)

A Petrobras anunciou o quinto reajuste este ano, de 5,9%, e preço pode chegar a R$ 100 em Goiânia

Assim como tem acontecido com os combustíveis, o preço do botijão de gás não para de pressionar o orçamento das famílias brasileiras. Na última semana, a Petrobras anunciou o quinto aumento do ano, de 5,9%, para o botijão de 13 quilos, o que pode fazer com que o preço chegue a até R$ 100 em revendas em Goiânia e a R$ 110 no interior a partir de hoje. Com o poder de compra reduzido, donas de casa usam a criatividade para cozinhar, quando falta dinheiro para comprar gás.

Entre as estratégias, estão o bom e velho fogão à lenha, uso de panelas elétricas e até de álcool, o que representa um risco de queimaduras. Este ano, o preço do botijão já havia subido 6% em janeiro, 5,1% em fevereiro, 5% em março e mais 5% em abril. Conforme a Agência Nacional de Petróleo (ANP), Goiânia tem o 13º maior preço médio do botijão no País: cerca de R$ 90. O mais caro é vendido em Boa Vista (RR) por R$ 103,23, em média, seguido por Cuiabá, onde o gás de cozinha custa R$ 103,12.

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O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, informa que, agora, o preço pode chegar a R$ 100 na capital. Em algumas cidades mais distantes do interior, o botijão já é vendido por R$ 105 por causa do custo com frete. O resultado de tantos aumentos, segundo ele, foi uma queda de 20% nas vendas e de 10% nos empregos formais nos depósitos. “Eu mesmo vendia cerca de 40 botijões por dia e, hoje, vendo pouco mais de 20. Precisei demitir”.

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Ele denuncia que os revendedores formais do Estado ainda enfrentam a concorrência desleal dos clandestinos, que conseguem vender mais barato porque não pagam impostos e nem direitos trabalhistas. “Estimamos que cerca de 750 botijões são vendidos sem nota fiscal por mês em Goiás por causa da falta de fiscalização”, reclama. Zenildo garante que a maioria dos estabelecimentos formais hoje trabalham praticamente sem lucro. “Muitos clientes já estão cozinhando também com lenha e até com álcool”, conta.

Em nota, a Petrobras disse que segue o equilíbrio com o mercado internacional e acompanha as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, e que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa, causada por eventos conjunturais. “O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, justificou a companhia.

 

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