Desde então, foram apuradas cerca de 250 suspeitas ou confirmações de casos de coronavírus nas escolas francesas
Foto: Guillaume Souvant/AFP
O ministro da Educação e Esporte da França, Jean-Michel Blanquer, conversa com uma criança no primeiro dia de volta às aulas no país após a paralisação por causa da pandemia do coronavírus
França – Vinte e duas escolas já tiveram de fechar as portas por registro de casos de coronavírus, dez delas na ilha da Reunião, território ultramarino francês. O anúncio foi feito na manhã de hoje pelo ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. O ministro acrescentou que, considerando-se apenas as turmas fechadas, já foram mais de cem classes de alunos que cessaram as aulas por conta de pelo menos um caso de Covid-19 em sala de aula. Com mais de três casos confirmados, toda a escola é fechada. As crianças e adolescentes franceses retornaram às aulas na terça-feira (1º/2) em mais de 60 mil instituições em todo o país. Desde então, foram apuradas cerca de 250 suspeitas ou confirmações de casos de coronavírus nas escolas. Na maioria das vezes, a contaminação ocorreu fora do âmbito escolar, durante as férias, e antes da volta às aulas, destacou Blanquer.
Em entrevista à rádio francesa Europe 1, ele justificou que o número de escolas fechadas é pequeno em relação ao total e que o balanço inicial da volta às aulas é positivo. “Apesar do medo, todo mundo voltou para a escola e isso me deixa satisfeito”, disse o ministro. Questionado sobre como os pais fariam para trabalhar se muitas escolas fecharem durante o outono e inverno (no hemisfério norte), ele respondeu que, “caso haja interrupção das aulas em massa, um protocolo apropriado será adotado para ajudar as famílias.”
Segundo Blanquer, o objetivo é não atrapalhar o dia a dia das famílias. Outros países europeus, como a Alemanha, também enfrentam a mesma situação, mas não voltaram atrás na decisão de retomar o calendário escolar.
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Crianças se contaminam menos?
Ainda existem muitas lacunas sobre como a SARS-Cov-2 atinge as crianças. Os estudos divulgados até o momento indicam que elas são menos atingidas do que os adultos pela covid-19, mas transmitem a doença. As pesquisas não são conclusivas sobre a capacidade de contaminação e a partir de qual idade. Na Europa, elas representam menos de 5% dos casos assinalados, segundo a SPF (Santé Publique France), o órgão que contabiliza o número de infecções, a partir de dados do Centro Europeus de Controle e Prevenção de Doenças.
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