Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou em entrevista à Revista Veja, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve vencer as eleições de 2026. Segundo o goiano, o país vive um momento de insatisfação crescente com o governo federal, e o sucesso da oposição dependerá da união da centro-direita em torno de um projeto coerente e responsável.
“As pesquisas mostram que 56% dos brasileiros dizem que Lula não merece a reeleição. Tudo o que ele prometeu não aconteceu. O Brasil está no caminho errado”, declarou Caiado à revista.
Durante a entrevista, o governador reafirmou sua pré-candidatura à Presidência da República e criticou o que chamou de tentativas de “minar sua viabilidade política”. Ele citou a possibilidade de revisão da federação entre União Brasil e Progressistas (PP) caso prevaleçam “interesses pessoais”, fazendo referência direta ao senador Ciro Nogueira (PP), presidente nacional da sigla.
“Nunca vi um presidente de partido desautorizar um pré-candidato da própria legenda. Isso mostra desespero e fim de carreira”, afirmou.
Com 88% de aprovação em Goiás, Caiado defendeu respeito às lideranças com legitimidade popular e ressaltou que o União Brasil, sob a presidência de Antônio Rueda, permanece fortalecido: “Apenas quem tem voto pode sentar-se à mesa de decisões políticas”, pontuou.
Caiado avaliou que a pulverização de nomes da centro-direita não representa fraqueza, mas uma estratégia para garantir presença no segundo turno: “Com quatro ou cinco pré-candidatos, garantimos o segundo turno em todas as simulações. E Lula não vence no segundo turno”, disse.
O governador também fez críticas diretas ao governo federal. Classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como um “café requentado” e acusou o presidente Lula de governar com base na divisão social e no aumento da carga tributária.
“Nunca vi governar dividindo o país entre classes sociais. Isso mostra fragilidade e falta de credibilidade. Não tem cerveja com picanha: os juros estão altos, e está cada vez mais difícil comprar a cesta básica”, disse.
Caiado ainda apontou que o governo “enfia a mão no bolso do brasileiro”, ao mencionar o crescimento da dívida pública: “Receberam uma dívida-PIB de 72% e vão fechar o ano podendo ultrapassar os 90%”, alertou.
Alianças e diálogo
O governador disse que continuará a dialogar com outras legendas, como o Podemos e Solidariedade, mas “sem abrir mão da coerência”. Ele elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando sua capacidade de mobilização, embora tenha defendido uma direita institucional e independente, centrada em propostas.

“O debate de 2026 deve se concentrar em soluções para o país, como reduzir juros, conter o endividamento e recuperar a confiança internacional. É isso que o União Brasil vai defender”, concluiu.
A fala de Caiado reforça sua estratégia de consolidar-se como nome de consenso da centro-direita em 2026, num campo ainda marcado por fragmentação e disputa de protagonismo. Ao adotar discurso de responsabilidade fiscal, crítica à polarização e defesa de coerência partidária, o governador busca ocupar o espaço entre o bolsonarismo e o centrismo tradicional, projetando-se como alternativa viável ao eleitorado moderado e àqueles insatisfeitos com o governo federal.
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