Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Radar tem capacidade para identificar aeronaves, mísseis balísticos e hipersônicos, além de balões de grande altitude

Conjunto de radares é capaz de detectar aeronaves, mísseis balísticos e hipersônicos e balões de alta altitude. Foto: Victor François /DICOD/Ministério das Forças Armadas da França
A França anunciou a modernização de um sistema de vigilância capaz de detectar ameaças a milhares de quilômetros, incluindo regiões da Rússia. O equipamento, localizado em Eure-et-Loir, será integrado à rede europeia de alerta contra mísseis e armas hiperssônicas, reduzindo a dependência de tecnologias norte-americanas, segundo o Ministério das Forças Armadas do país.
O investimento previsto é de 50 milhões de euros, dentro da lei de programação militar, e será executado em parceria com o Laboratório Aeroespacial ONERA. O ministro Sébastien Lecornu classificou o sistema como “o primeiro pilar do alerta precoce que estamos tentando estabelecer com os europeus”.
Desenvolvido nos anos 1990, o radar Nostradamus ocupa 12 hectares e utiliza ondas de alta frequência refletidas na ionosfera para rastrear alvos além do horizonte. As antenas estão distribuídas em três braços com mais de 400 metros cada, cobrindo milhões de quilômetros cúbicos entre o solo e altitudes de até 250 quilômetros.
O radar tem capacidade para identificar aeronaves, mísseis balísticos com múltiplas ogivas, mísseis hipersônicos que superam Mach 5 e balões de grande altitude. O equipamento opera em modos monostático e bistático, o que permite vigilância contínua a longas distâncias.
O sistema será conectado a outros projetos europeus, entre eles a constelação de satélites ODIN’S EYE, criada para monitorar lançamentos de mísseis. França e Alemanha também participam da iniciativa Jewel, voltada para integrar radares terrestres e ampliar a troca de dados entre países europeus. A previsão é de que a integração completa à estrutura de comando da União Europeia ocorra até 2028.

Autoridades afirmam que a atualização responde às novas ameaças, em especial os mísseis hipersônicos desenvolvidos por Rússia e Irã. “O tempo de reação é crucial. Ao modernizar o Nostradamus, a França pretende garantir uma detecção mais precoce e uma melhor coordenação entre as redes de defesa aérea da Europa”, informou o Defense News, um portal de notícias especializado em temas de defesa.
Relatórios recentes também apontam que a Rússia está ampliando a própria estrutura de inteligência. Imagens de satélite mostram a construção de um centro de sinais em Kaliningrado, a menos de 100 quilômetros das fronteiras da Otan, com dezenas de antenas instaladas em formação circular. O complexo pode reforçar a capacidade de Moscou de interceptar comunicações e interferir em sistemas de comando da aliança.
Perguntas e Respostas
Qual é a novidade anunciada pela França em relação ao radar Nostradamus?
A França anunciou a modernização do radar Nostradamus, um sistema de vigilância que pode detectar ameaças a milhares de quilômetros, incluindo regiões da Rússia. O equipamento, localizado em Eure-et-Loir, será integrado à rede europeia de alerta contra mísseis e armas hipersônicas.
Qual é o investimento previsto para essa modernização?
O investimento previsto para a modernização do radar Nostradamus é de 50 milhões de euros, que será executado em parceria com o Laboratório Aeroespacial ONERA.
Como o radar Nostradamus funciona?
Desenvolvido nos anos 1990, o radar Nostradamus ocupa 12 hectares e utiliza ondas de alta frequência refletidas na ionosfera para rastrear alvos além do horizonte. As antenas estão distribuídas em três braços com mais de 400 metros cada, cobrindo milhões de quilômetros cúbicos entre o solo e altitudes de até 250 quilômetros.
Quais são as capacidades do radar?
O radar tem a capacidade de identificar aeronaves, mísseis balísticos com múltiplas ogivas, mísseis hipersônicos que superam Mach 5 e balões de grande altitude. Ele opera em modos monostático e bistático, permitindo vigilância contínua a longas distâncias.
Como o sistema se integra a outros projetos europeus?
O sistema será conectado a outros projetos europeus, incluindo a constelação de satélites ODIN’S EYE, que monitora lançamentos de mísseis. A França e a Alemanha também participam da iniciativa Jewel, que visa integrar radares terrestres e ampliar a troca de dados entre países europeus.
Qual é a previsão para a integração completa do sistema?
A previsão é que a integração completa à estrutura de comando da União Europeia ocorra até 2028.
Por que a atualização do radar é considerada importante?
Autoridades afirmam que a atualização responde às novas ameaças, especialmente os mísseis hipersônicos desenvolvidos pela Rússia e Irã. A modernização do Nostradamus visa garantir uma detecção mais precoce e uma melhor coordenação entre as redes de defesa aérea da Europa.
O que foi observado sobre a Rússia em relação à sua estrutura de inteligência?
Relatórios recentes indicam que a Rússia está ampliando sua estrutura de inteligência, com imagens de satélite mostrando a construção de um centro de sinais em Kaliningrado, a menos de 100 quilômetros das fronteiras da Otan. O complexo pode reforçar a capacidade de Moscou de interceptar comunicações e interferir em sistemas de comando da aliança.
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