segunda-feira - 07 - julho - 2025

Mundo / Brasil / Estados / Rio Grande do Sul / Dengue: Porto Alegre registra 16 mortes por dengue em 2025

Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço

 

Em resposta, Secretaria de Saúde está intensificando os esforços de controle e realizando mais exames para conter a disseminação da doença

Dengue

As autoridades também estão em constante diálogo com os moradores, pedindo que redobrem os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue

 

O Ministério da Saúde atualizou os dados da dengue no Brasil, registrando 1.253.919 casos prováveis da doença e 299 óbitos confirmados. O índice atual de incidência é de 617,5 casos por 100 mil habitantes. Em janeiro deste ano, o número de casos prováveis de dengue mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença.

A Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre confirmou mais 16 óbitos causados por dengue. Este aumento alarmante no número de vítimas destaca a gravidade da situação, com mais de 14.500 casos registrados até o momento.

As autoridades de saúde estão em alerta máximo, prevendo que o número de casos continue a crescer nos próximos dias.

Em resposta, a Secretaria de Saúde está intensificando os esforços de controle e realizando mais exames para conter a disseminação da doença. As autoridades também estão em constante diálogo com os moradores, pedindo que redobrem os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Por que a vacina contra a dengue não é recomendada para idosos?

Além das ações preventivas, como a remoção de água acumulada e o uso de repelentes, a vacina contra a a dengue também é uma ferramenta importante no combate à doença. No entanto, ela não está disponível para todas as faixas etárias.

É o caso dos idosos, que apesar de estarem entre os grupos com maior risco de hospitalização e complicações graves no Brasil, não são priorizados na vacinação contra a dengue no SUS ou na rede privada. 

“Isso ocorre devido à escassez de dados sobre a eficácia e segurança da vacina em pessoas com mais de 59 anos e menores de 4 anos. Não foram realizados estudos nesses grupos específicos, o que inviabiliza a imunização para essas pessoas. A indicação pode ser feita analisando caso a caso e verificando se o benefício é maior que o risco à saúde”, explica Thiago Póvoa, geriatra do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Vale ressaltar que o Brasil foi o pioneiro ao disponibilizar a vacina contra a dengue em seu sistema público de saúde. A primeira remessa do imunizante chegou ao país em janeiro e está destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Vacinas disponíveis no Brasil 

As duas vacinas aprovadas no Brasil são as seguintes:

  • QDenga (Takeda): disponível no SUS para crianças de 10 a 14 anos. No setor privado, pode ser administrada em crianças a partir de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos, tanto para quem já teve quanto para quem nunca teve dengue. O esquema de aplicação é de duas doses, com um intervalo de três meses. É contraindicada para gestantes, mulheres em período de amamentação e pessoas com imunodeficiência. Ela proporciona proteção contra o vírus da dengue por até 5 anos após a primeira dose.
  • Dengvaxia (Sanofi): disponível apenas na rede privada, não sendo oferecida no SUS. É indicada para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos até 45 anos que já foram infectados pelo vírus da dengue (soropositivos). O esquema de vacinação consiste em três doses, com um intervalo de seis meses entre elas.

Riscos à saúde e expectativas de ampliação de faixa etária

Os idosos são um grupo de risco maior para as formas graves de dengue, devido à fragilidade do sistema imunológico e a presença de comorbidades como doenças cardíacas, diabetes e hipertensão. Quando contaminados pelo vírus da dengue, os idosos têm maior probabilidade de desenvolver complicações severas, como dengue grave, que pode levar à hospitalização e até ao óbito.

“A dengue é um problema global. E no Brasil, os jovens adultos são mais acometidos pela doença, por isso, essa faixa etária estabelecida é relevante. No entanto, não há vacina disponível para todos. A expectativa é que novos estudos sejam realizados e que em breve não haja limite de idade para ser imunizado contra a dengue, como já acontece na Europa”, afirma Rosana Richtmann, infectologista e coordenadora do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Como funciona a vacina contra a dengue?

A vacina contra a dengue estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que protegem contra os quatro tipos do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). 

Ela contém versões atenuadas do vírus, que não causam a doença, mas permitem que o corpo reconheça e combata o vírus caso haja uma infecção futura. 

A vacina é mais eficaz em pessoas que já tiveram dengue, ajudando a reduzir o risco de formas graves da doença. Para garantir a proteção completa, a Dengvaxia requer três doses, com intervalos de seis meses, enquanto a QDenga é aplicada em duas doses, com três meses de intervalo entre elas.

A vacinação é importante em áreas endêmicas, onde a dengue é comum. Nessas regiões, a vacina ajuda a proteger a população contra a infecção e a reduzir o número de casos graves e hospitalização, contribuindo para o controle da disseminação da doença.

Como prevenir a dengue?

“O controle do vetor da dengue o mosquito Aedes aegypti é um grande desafio, principalmente devido às mudanças climáticas, chuvas intensas e à dificuldade crescente de eliminar os focos de água parada, que é a medida mais eficaz para combater a doença. Por isso, a vacinação para grande parte da população seria fundamental para alcançarmos resultados positivos”, explica a infectologista. 

  • Aplicar repelentes que contenham icaridina, DEET ou IR3535;
  • Sempre que possível, cobrir o corpo para evitar picadas e usar roupas claras;
  • Eliminar qualquer foco de água parada;
  • Instalar telas em portas e janelas para impedir a entrada do mosquito;
  • Usar inseticidas e larvicidas nas áreas de risco;
  • Manter os lixos sempre bem tampados;
  • Descartar corretamente objetos como cascas de coco, latas, garrafas, copos plásticos e embalagens;
  • Armazenar pneus em locais cobertos, longe da chuva;
  • Manter as caixas d’água bem vedadas.

Os idosos precisam estar atentos a sintomas da doença, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele, e buscar orientação médica caso apresentem esses sinais para evitar complicações.

Da Redação do Site do Jornal Espaço

A questão é que a dengue deve ser encarada com pandemia. O que as autoridades me parecem não estarem vendo com esses olhos a dengue.

Essa doença é sim um perigo real, pois quem não está sujeito a picada de um mosquito contaminado ao sair na rua, ou entrar em uma loja. Eu mesmo já fui em Posto de Saúde na Cidade onde eu moro e quando entrei e me sentei para ser atendido, pude ver a enfermeira reclamando dos mosquitos, e ela injetando veneno para espantar os mosquitos e se proteger das picadas. Agora se num PSF a situação está assim, que é um local de atendimento público de grande trânsito de pessoas; imaginem fora, nas casas, etc.

Eu não sei como ainda não conseguiram produzir uma vacina que atenda toda população, de todas as idades. Por qual motivo? O motivo é que não estão atentando para a gravidade da dengue. É isso. Que deveria ser considerada perigo mundial, da mesma forma que o mundo encarou a Covid-19, com criação de uma vacina em poucos meses, lembram? Quantas pessoas ainda vão ter de morrer até que seja tomada providências mais severas a respeito da dengue. 1.253.919 casos prováveis da doença e 299 óbitos confirmados não é suficiente? Mas aonde está a vacina?

 

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