Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Fotos: Larissa Melo
Com importante papel no agronegócio regional, cadeia do leite foi alvo de uma série de medidas do Governo de Goiás
Iniciativas como PAA Leite, FCO Leite, Índice de Preços de Derivados Lácteos e doação de sementes de milho ajudam segmento a superar desafios
Apenas no primeiro trimestre de 2024, Goiás registrou a produção de 558,6 milhões de litros de leite industrializado, ocupando a quinta posição no ranking nacional. A cadeia do leite, porém, enfrentou muitos desafios nos últimos anos, como queda de preços, elevação de custos de produção e concorrência de produtos importados. Esta situação levou o Governo de Goiás a adotar uma série de medidas de apoio ao segmento.
Em março desse ano, por exemplo, o governador Ronaldo Caiado anunciou a retirada de benefícios fiscais de laticínios que importam leite e derivados de outros países, por meio de alteração em lei e publicação de decretos. Também lutou pela criação de uma linha de crédito específica para a bovinocultura leiteira no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Em vigor desde janeiro desse ano, o FCO Leite oferece menores taxas de juros e carência mais longa para pagamento.
Já no mês de maio, o Goiás Social, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), promoveu a doação de milho a produtores de leite do Estado, aliviando os custos com insumos. Na esfera da comercialização do leite, o Goiás Social lançou também uma edição do Programa de Aquisição de Alimentos específica para a cadeia do leite: o PAA Leite.
“Com o Agro é Social, o Goiás Social se faz presente na vida dos pequenos produtores da agricultura familiar de Goiás, e com a cadeia produtiva do leite não é diferente. Com esses incentivos, nós garantimos geração de renda para essas famílias ao mesmo tempo que melhoramos a qualidade da produção e fortalecemos a economia do nosso Estado”, afirma a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.
Por meio do PAA Leite, cujo edital foi publicado no final de julho, o Estado irá adquirir o produto de organizações associativas e cooperativas de agricultores familiares. Conforme destaca o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, essas pessoas são as mais impactadas pelas oscilações do segmento. “Aproximadamente 52% de todo o leite que é produzido em Goiás vem de propriedades rurais da agricultura familiar. É um perfil de produtores que precisa cada vez mais de políticas públicas eficientes”, pontua.
Conciliação
Outra medida importante, levando em consideração a necessidade de apoiar o produtor na precificação do leite, foi a instituição do Índice de Preços de Derivados Lácteos. O indicador se tornou uma referência para a definição do preço pago pelo leite ao produtor rural no mês seguinte à comercialização. “Esse índice demonstra a variação dos preços da cesta de derivados lácteos, reduzindo a imprevisibilidade e possibilitando que os valores pagos aos produtores sejam mais justos”, explica o secretário Pedro Leonardo.
A metodologia do índice foi estabelecida pela Câmara Técnica de Conciliação da Cadeia Láctea, um ambiente de negociação que tem como objetivo o aumento da transparência e a redução de conflitos na cadeia láctea de Goiás.
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás
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