Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
Foto: Reprodução
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado se reuniu com petista na noite de quinta-feira, 02/05, no Palácio do Alvorada; aos interlocutores, senador diz estar satisfeito com encontro
Foi por volta de 23h quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deixou as dependências do Palácio do Alvorada. O encontro secreto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma hora de conversa reservada entre os dois.
Fontes próximas de Pacheco e do governo, informaram que o tom da reunião foi ameno, embora Lula tenha sido cobrado pelas últimas ações do Planalto. Nas últimas semanas, o presidente do Senado mandou recados ao Executivo e reclamou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a desoneração da folha de pagamento.
A decisão do ministro Cristiano Zanin aconteceu após um recurso ingressado pela Advocacia-Geral da União (AGU). Após o acórdão, a repercussão negativa tomou conta do Legislativo e incomodou até membros da base governista.
Nos corredores, o governo admitiu a preocupação com a possibilidade do presidente do Senado não interceder mais em prol das pautas do governo. O próprio Pacheco, incomodado, deu a entender, durante entrevista coletiva, que há uma rusga entre o Congresso e o Planalto.
No encontro, Rodrigo Pacheco apontou três preocupações do Congresso:
- Reoneração dos municípios;
- Reoneração da folha de pagamento;
- Dívidas dos Estados.
Sobre o primeiro tema, o presidente do Senado afirmou que os municípios estão com o caixa limitado e precisam de folga para realizar investimentos. Sobre a reoneração, Pacheco entende que a medida pode prejudicar a geração de empregos e até provocar demissões em massa.
Já em relação ao último tópico, Pacheco cobrou o projeto prometido pelo governo em 2023. O tema, principal demanda dos governadores do Sul e Sudeste, deve avançar no Congresso Nacional nos próximos meses.
Os três assuntos impactam o orçamento da União, mas, segundo Pacheco, também poderiam afetar a articulação política caso o Planalto não aceite negociar. Ele ainda pediu atenção dos ministros e líderes sobre os tópicos e soluções rápidas para dar respostas ao Congresso.
Após o encontro, o governo passou a tratar com mais cautela as votações dos vetos no Congresso Nacional. Com o fim da intensa semana, as atenções dos líderes se voltam às negociações para a manutenção de parte das medidas. A votação dos vetos está marcada para quinta-feira, 09/05.
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