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Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do Jornal Espaço
De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), a maior facção criminosa da América Latina, conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital), tem atuação em 21 municípios goianos. A informação foi divulgada na quinta-feira (10/05), após a deflagração da Operação Sintonia Goiás.
A operação teve 56 dos 70 mandados de prisão preventiva cumpridos. Destes, 34 foram contra integrantes de facções criminosas já presos em unidades prisionais goianas. Também foram cumpridos 38 de busca e apreensão. Durante a ação, houve três prisões em flagrante, com a apreensão de drogas, armas, aparelhos celulares e documentos com anotações de ilícitos.
A operação realizada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), é parte de uma grande atuação articulada em outros 12 estados pelo Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC), do Ministério Público Federal (MPF).
Crime organizado
O coordenador do Gaeco, Rodney da Silva, afirmou que ainda há muitos fatos sendo investigados dentro da operação, já que eles dizem respeito às ações da maior facção criminosa da América Latina, presente em todos os estados brasileiros e em, pelo menos, 20 países.
Silva acrescentou que as investigações não estão sendo limitadas somente à maior facção, mas também a outras com atuação em Goiás. Para ele, apenas cercear a liberdade dos membros desses grupos não é suficiente para coibir as ações. “Não podemos continuar num trabalho de enxugar gelo. É preciso, sim, descapitalizar as organizações criminosas”, explicou.
Segundo Rodney da Silva, em Goiás, os investigadores identificaram membros da facção em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Guapó, Catalão, Três Ranchos, Itumbiara, Panamá, Morrinhos, Caldas Novas, Jataí, Mineiros, Planaltina de Goiás, Formosa, Novo Gama, Uruaçu, Mara Rosa, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Quirinópolis, Edeia e Jaraguá.
Facilidades
O gerente de Segurança da Polícia Penal, Leandro Militão, acredita que a capilarização das ações dos faccionados ocorra por causa da logística e posição geográfica de Goiás. Para ele, o sucesso das práticas criminosas dentro dos presídios se deve também à ação de familiares, visitantes e advogados, que acabam levando e trazendo informações aos presos.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Parizotto, que coordenou a Operação Sintonia Goiás, as investigações mostraram que o objetivo da facção criminosa é expansão e difusão no estado goiano, tanto que foram encontradas planilhas com o cadastro de centenas de membros cooptados, principalmente dentro do sistema prisional.
Os integrantes do esquema estão envolvidos em diversos tipos de crimes, como homicídios, confrontos policiais, tráfico de drogas e organização criminosa. Segundo Parizotto, a facção tem, inclusive, um estatuto que disciplina e estabelece direitos e obrigações dos “batizados”.
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