Lamborghini apreendida com o grupo está avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão | Foto: Divulgação/PC
14 integrantes do esquema criminoso, incluindo advogados e contadores, foram presos em seis cidades goianas e outras oito pessoas estão foragidas
Publicado por: Marcelo José de Sá Diretor-Presidente e Editor-Geral do Site do jornal Espaço
A Polícia Civil prendeu um grupo suspeito de usar moradores de rua como laranjas para abrir empresas fantasmas e adquirir cartas de crédito em consórcios, em Goiás. As 14 prisões aconteceram na última terça-feira (11/10) em Goiânia, Anápolis, Corumbá de Goiás, Goianésia, Jaraguá e Uruaçu.
De acordo com a polícia, o grupo ostentava uma vida de luxo. No total, 134 veículos foram apreendidos com os suspeitos, entre eles, uma Lamborghini avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão.
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A Operação Cota Criminosa continua para localizar oito pessoas que estão foragidas.
Com os envolvidos, foram apreendidos mais de R$ 35 milhões em bens. Entre os investigados, estão dois advogados.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Martimiano, o grupo tinha a ajuda de advogados e contadores para criar empresas fantasmas em nomes de laranjas, e, dessa forma, realizar movimentações nas contas falsas para dar lances e adquirir cartas de consórcios em concessionárias.
“Eles forjavam balancetes, faziam algumas movimentações nas contas para simular que era uma empresa economicamente ativa e saudável. Depois participavam de consórcios, faziam um lance robusto, retiravam as cartas de créditos e adquiriam veículos”, explicou o delegado.
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Após adquirir a carta de consórcio, os suspeitos não pagavam as parcelas dos créditos e vendiam os carros pela metade do preço, apenas com uma procuração, esquema conhecido como finam.
“Eles iam até concessionárias, adquiriam carros de luxo e vendiam veículos como finam. Quando as instituições iam cobrar as taxas do consórcio, encontravam moradores de rua, empresas que nem endereços tinham”, disse Thiago Martimiano.
A polícia não divulgou os nomes das empresas que concederam os créditos aos investigados não foram divulgados, nem os valores dos prejuízos causados às financeiras.
A OAB ainda não se pronunciou sobre os advogados investigados.
As defesas dos presos não foram localizadas porque eles não tiveram os nomes divulgados.