Energia estava mais cara desde setembro do ano passado, quando consumidores começaram a pagar tarifa extra

Entrada em vigor da bandeira verde a partir do dia 16 de abril deve vir para ficar até o final de 2022 | Foto: Marcelo Camargo
As tarifas de energia elétrica não devem sofrer acréscimos no próximo ano. Isso porque, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entrada em vigor da bandeira verde a partir do dia 16 de abril deve ficar até o final desse ano.
A novidade foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde setembro do último ano, os consumidores estão pagando tarifa extra na conta de energia.
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A ONS é a entidade responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN). O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia.
Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.
Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.
No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
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O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, afirma que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021. “Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, observou.
Ainda de acordo o diretor-geral da ONS, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não podem parar e que possuem uma capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). Nos piores momentos da crise hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW.
Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de novas fontes renováveis, como eólica, que já representa aproximadamente 9% do total.
Com informações de Agência Brasil
Por: Marcelo José de Sá – Editor-Presidente e Diretor-Geral do Site do jornal Espaço